Tensão em subestação que explodiu durante furto é 62 vezes maior que de uma casa
Apenas a perícia irá apontar qual carga suspeito de furto recebeu após invadir subestação
A tensão que passa pela subestação da Energisa - concessionária responsável pela distribuição de energia em Mato Grosso do Sul - e que pegou fogo na madrugada desta segunda-feira (5) é 62 vezes maior que de uma casa, se comparado à voltagem de 220. A explicação é do gerente de operações da empresa, Helier Fioravante, após a morte de um homem suspeito de invadir o local para cometer furto de fios.
"Essas placas não estão aqui à toa. É um local estritamente controlado e só profissionais capacitados podem ter acesso. Essa subestação tem 10% das cargas da Capital", explica Helier.
Apesar da alta voltagem, não é possível ainda saber qual a carga que o homem recebeu ao tentar subir uma das bases de concreto do local. Provavelmente ele morreu com a descarga elétrica, mas como a subestação pegou fogo na sequência, o corpo estava totalmente carbonizado. O incêndio foi controlado pela equipe dos bombeiros.
A Energisa ainda calcula o prejuízo. O local está isolado para perícia, mas assim que liberado, bases móveis da concessionária darão apoio na distribuição de energia. Ainda, segundo o gerente, 40 mil consumidores tiveram o fornecimento prejudicado após o incêndio, que começou às 4h30, mas a situação foi controlada de imediato e a energia completamente restabelecida em todas as residências após cerca de duas horas.
A identidade do homem morto ainda é desconhecida. Equipes da Polícia Civil e perícia estiveram no local, onde foram realizados os procedimentos que ajudarão na investigação.
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