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Capital

Terreno com lixo pega fogo e fumaça tóxica toma bairro junto de fuligem preta

Vários moradores tentavam atenuar o impacto da fumaça com toalhas tampando nariz e boca; alguns passaram mal

Por Lucas Mamédio e Kamila Alcântara | 30/09/2024 16:28
Fuligem sobre gramado em calçada da rua ao lado do terreno no Marcos Roberto (Foto: Osmar Veiga)
Fuligem sobre gramado em calçada da rua ao lado do terreno no Marcos Roberto (Foto: Osmar Veiga)

Um incêndio de grandes proporções atingiu e destruiu a vegetação de um terreno de aproximadamente cinco hectares na Vila Marcos Roberto, às margens da Avenida Ernesto Geisel, ao lado do Shopping Norte Sul Plaza na tarde desta segunda-feira (30).

As chamas formaram uma densa fumaça e espalharam uma fuligem preta que tomou conta da região, cobrindo as ruas e varandas das casas. Vários moradores tentavam atenuar o impacto com tolhas tampando nariz e boca.

Os moradores mais afetados são da Rua Minuano, paralela à Ernesto Geisel, cujos muros fazem divisa com o terreno. O marido de Miriam Melo, um idoso de teve de ser socorrido para unidade de saúde do bairro Jockey Club.

Fumaça tomou conta do bairro Marcos Roberto (Foto: Jairton Costa)
Fumaça tomou conta do bairro Marcos Roberto (Foto: Jairton Costa)
Bombeiros alegam que fuligem foi causada pelo lixo acumulado (Foto: Osmar Veiga)
Bombeiros alegam que fuligem foi causada pelo lixo acumulado (Foto: Osmar Veiga)

“Ele pegou a mangueira de jardim e tentou molhar as árvores que ficam no muro. Falei pra ele deixar quieto, que ele não podia ficar ali, mas ele insistiu e passou mal”, disse ela.

Segundo o subtenente Reginaldo Oliveira, do Corpo de Bombeiros, o terreno possui poços abandonados que agora estão cobertos de vegetação e isso tornou o trabalho dos militares mais perigoso.

Ele também destacou a quantidade de lixo no local e atribuiu a isso à fuligem preta. “Tem muito material combustível queimando. O lixo que está aqui deixa a fumaça mais tóxica”.

José de Souza, de 65 anos, também mora em uma casa ao lado do terreno. Segundo ele, o fogo começou por volta das 14h30. “Rápido a minha casa ficou cheia de fuligem e todo mundo começou a passar mal”.

Eliane com toalha no nariz e olhos lacrimejando por conta da fumaça (Foto: Osmar Veiga)
Eliane com toalha no nariz e olhos lacrimejando por conta da fumaça (Foto: Osmar Veiga)
Moradora segura fuligem preta causada pelo incêndio (Foto: Osmar Veiga)
Moradora segura fuligem preta causada pelo incêndio (Foto: Osmar Veiga)

De acordo com vizinha de José, Eliane Primo de Souza, de 44 anos, sua casa virou quase um forno com a parede atingindo uma temperatura muito alta por conta da proximidade com as chamas.

“Nossa preocupação era o fogo avançar para nossas casas, porque todas as paredes estão quentes. Primeira vez que ficou assim, com garganta ardendo, e os olhos lacrimejando. Estou preocupada com meu filho, porque o olho está inchado”.

Neste momento o fogo está controlado.

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