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Capital

Teslenco elogia projeto de André e diz que não consegue falar com Bernal

Leonardo Rocha | 27/09/2013 11:07
Diretor da Santa Casa diz que não consegue marcar agenda com Bernal (Foto: Marcos Ermínio)
Diretor da Santa Casa diz que não consegue marcar agenda com Bernal (Foto: Marcos Ermínio)

O diretor da Santa Casa, Wilson Teslenco, elogiou hoje durante evento hoje no Hospital Regional o projeto do governo estadual encaminhado a Assembleia que autoriza o convênio com a Santa Casa para o repasse de R$ 750 mil por mês ao hospital, contribuindo com 50% do empréstimo feito junto a Caixa Econômica. Teslenco também revelou que até hoje não conseguiu conversar com o prefeito Alcides Bernal (PP) sobre a questão.

“O governador (André Puccinelli) cumpriu com sua palavra e está fazendo sua parte, participando do processo de recuperação do hospital, temos que elogiar a sua ação”, destacou ele.

Teslenco garantiu que irá até a Assembleia Legislativa conversar com os deputados e expor a importância desta contribuição do governo estadual. “Nós vamos explicar a situação e vou mostrar aos deputados como este projeto é importante para o hospital”, declarou ele.

Dificuldade – O diretor da Santa Casa também fez questão de destacar que não consegue marcar uma agenda com o prefeito Alcides Bernal (PP). “Está difícil de encontrar o prefeito, ele havia negado que iria ajudar neste empréstimo, mas gostaríamos de convencê-lo a ajudar o hospital”.

Ele ressaltou que a parcela do empréstimo é de R$ 1,5 milhão, como o governo estadual já se prontificou a ajudar com a metade, a prefeitura poderia arcar com o restante. “Se o Bernal recusar, teremos que fazer economia e redução de gastos para poder arcar com este valor, mas iremos deixar de investir em outros custos que iriam melhorar a qualidade do atendimento”, apontou.

Repasse – Hoje a Santa Casa recebe mensalmente R$ 14 milhões oriundos da Prefeitura, do Estado, do SUS e dos convênios. O repasse da Prefeitura de Campo Grande soma R$ 1,2 milhão.

A Santa Casa ficou sob intervenção do poder público durante oito anos, inicialmente por via administrativo, através de decretos da Prefeitura de Campo Grande e com apoio do governo do Estado, MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal) e MPT (Ministério Público do Trabalho). Em 2007, aconteceu a judicialização da intervenção.

O retorno às mãos da antiga “dona” da Santa Casa, a Associação Beneficente de Campo Grande (ABCG), aconteceu em maio passado. A dívida da entidade, que era de R$ 47 milhões antes da intervenção, hoje chega a mais de R$ 160 milhões, metade desse valor só no último ano de gestão da Junta Interventiva.

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