Traficante mais caçado da Argentina é preso em MS e diz que tem sócio na Capital
Ele foi capturados em Jaraguari apesar de bariátrica que o transformou, junto com amante e segurança
A Polícia Rodoviária Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (28), em Jaraguari, o "Fantasma", traficante conhecido na Argentina, Jorge Adalid Granier Ruiz, de 43 anos, um dos mais procurados no país que faz fronteira com o Brasil. O boliviano, tinha mandado de prisão internacional e até advertência vermelha emitida pela Interpol.
Conforme o chefe do Núcleo de Policiamento, Marcos Kley, e a chefe de delegacia, Carolina de Oliveira, o traficante contou que está no Brasil desde dezembro passado e vinha de Rondonópolis a Campo Grande para se encontrar com um sócio. O plano era montar empresa de perfuração de poços artesianos.
Granier foi abordado durante fiscalização de rotina do posto da PRF e acabou preso por uso de documento falso e falsidade ideológica. O criminoso se passava por Jorge Mendes Ardaia e na identidade falsa tinha como estado de origem o Pará.
Nem armado ele estava. A PRF encontrou ainda outras duas identidades bolivianas e um passaporte do mesmo país, que juntas custaram quase R$ 6 mil dólares, conforme contou o próprio traficante aos policiais. Junto estava mulher que, segundo a polícia, trata-se de uma amante boliviana, também levada à Polícia Federal.
Os dois eram passageiros. Quem conduzia o veículo, uma caminhonete Toyota Hilux, era Valderson Pereira dos Santos, que também tinha mandado de prisão em aberto por porte ilegal de arma. O homem, brasileiro, é espécie de segurança e motorista de Jorge.
Camaleão – Ele contou que a mudança na aparência o ajudou a transitar pelos países sem ser reconhecido. Como era obeso, se submeteu à cirurgia bariátrica e logo depois passou por lipoaspiração, procedimentos que o deixaram bem mais magro, modificando totalmente sua fisionomia.
O nome "Fantasma" surgiu por conta da personalidade reservada, ele nunca aparecia, nem sequer em fotos. Granier também é apelidado de "Nono" e "Chuleta" e considerado um importante elo na América do Sul com o PCC, maior organização criminosa do Brasil.
Segundo um relatório da DEA, Granier é responsável por uma estrutura dedicada ao transporte de cocaína em pequenos aviões da Bolívia e do Paraguai para a Argentina. Ele é um empresário boliviano nascido em San Borja (Bolívia), em 11 de dezembro de 1979.