Trânsito flui, mas acesso aos pedestres segue interditado na Fernando Corrêa
Pedestres relatam transtornos em ponte interditada há quatro meses, após solo afundar em decorrência da chuva
A ponte no cruzamento entre a Avenida Fernando Corrêa da Costa e Rua José Antônio segue parcialmente interditada para o acesso de pedestres. No final de maio, o trecho foi liberado para o tráfego de veículos após quatro meses de interdição por conta de um deslizamento provocado pelas chuvas.
Na manhã desta quinta-feira (22), a reportagem esteve no local e constatou que o fluxo de veículos está normal. Porém, um dos lados da ponte está totalmente interditado e a passagem de pedestres está impedida por pedaços de madeira e fitas.
No outro lado, apesar de a passagem ser liberada, o local está cheio de pedras, tornando a passagem perigosa para cadeirantes, deficientes visuais, crianças e idosos. A única proteção lateral entre os pedestres e o córrego é uma tela de contenção e fitas.
A costureira Auzenir Maria Porfirio, 62 anos, relatou ao Campo Grande News que precisa dar a volta na quadra para chegar até o local onde faz fisioterapia: “Se desse pra passar ali seria bom. Mas eu tenho medo sabe”.
O açougueiro Odair da Silva, 60 anos, precisou buscar rotas alternativas para passar pelo local. “Com tudo trancado, tem que dar volta por outros lugares. Tem que caminhar um pouco mais”. Weberton Nascimento de Aguiar, 57 anos, também estava passando pela região e contou para a reportagem que a obstrução “atrapalha bastante”.

Obras no local - As obras foram inciadas em abril, após a estrutura da ponte ser danificada pelo grande volume de chuva registrado em janeiro. A obra de reforço e reestruturação do canal custou, ao todo, R$ 939.069,94 aos cofres públicos.
Do gasto total, foram investidos R$ 228.206,90 em serviços adicionais no interior do canal, calçadas que não foram concluídas e recapeamento sobre a ponte, conforme explicou para a reportagem o titular da Sisep (Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos), Domingos Sahib Neto.
Inicialmente, havia o prazo de 30 dias para a conclusão da obra, mas conforme explicado pelo fiscal da obra, Bernardo Chagas Loubet, os estragos provocados pela chuva prolongaram os trabalhos, pois foi necessário o investimento extra nos reparos do canal: "O fundo do canal cedeu, afundou. A parte debaixo da ponte ficou exposta à água, que levou todo o material de apoio da cortina".
De acordo com a Sisep, as próximas etapas serão o recapeamento do cruzamento, inclusão do guarda-corpos, defensa metálica, além contenção das margens. O prazo de entrega é de 120 dias.
Confira a galeria de imagens: