Três são presos por assassinato ligado à jogatina; um é policial civil
As prisões foram feitas na manhã desta segunda-feira pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado)
Três pessoas foram presas na manhã desta segunda-feira, em Campo Grande, por envolvimento no assassinato de Andrey Galileu Cunha, ocorrido dia 23 de fevereiro. Um deles é investigador da Polícia Civil lotado na Deops (Delegacia Especializada de Ordem Política e Social).
Os três foram presos pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pelo Poder Judiciário. Os mandados tem validade de 30 dias, podendo ser prorrogados.
Investigação da Polícia Civil apontou que o homicídio teve ligação com a exploração de jogos de azar: máquinas caça-níquel. Também foi verificado que Andrey, momentos antes de ser morto, esteve na Deops, com policial.
A Deops é responsável pela concessão de alvarás a estabelecimento relacionados à diversão. O Campo Grande News apurou que o investigador teria chamado Andrey para ir a delegacia como parte do plano do assassinato.
O policial é o mesmo que foi preso na operação Orfeu, deflagrada pelo Gaeco, no início do mês para apreender máquinas caça-níquel e também de música não licenciadas.
Em cumprimento a mandado de busca e apreensão na casa do investigador, o Gaeco encontrou no local um revólver calibre 38 com documentação vencida e munições ponto 40 e 38 sem documentação, provavelmente compradas no Paraguai. Ele foi autuado em flagrante de posse irregular de arma de fogo.
O assassinato - Andrey foi morto a tiros por dois homens em uma motocicleta, na rua Rio Grande do Sul, quase esquina com a rua Da Paz.
Ele era passageiro de um Fiat Siena dirigido por um homem que também foi atingido por tiros, mas, sobreviveu. Ambos tinham envolvimento com a jogatina Andrey já havia sido preso várias vezes.
O policial militar aposentado Nelson Barbosa Oliveira foi detido no início de março por suspeita de envolvimento no crime. Ele prestou depoimento por três horas e foi liberado.