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Capital

Uber baleado durante atentado que matou 2 está com bala na coluna

A vítima não corre risco de morte, no entanto, o estado de saúde dela é delicado devido o projétil alojado na região das costas

Viviane Oliveira | 28/07/2017 11:17
Nelson, que foi baleado três vezes; estado de saúde é delicado (Foto: Arquivo de família)
Nelson, que foi baleado três vezes; estado de saúde é delicado (Foto: Arquivo de família)

O motorista da Uber, Nelson Miyashiro Tobaru, 38 anos, baleado em atentado que matou dois homens, na tarde de ontem (27), na Rua Zacarias, no Jardim Carioca, em Campo Grande, está com a bala alojada na coluna. Ele foi atingido com três tiros, sendo no rosto, ombro e costas.

Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, o paciente passou por procedimento corretivo na face e está internado na enfermaria da unidade. Nelson não corre risco de morte, no entanto, o estado de saúde dele é delicado por causa do projétil alojado na região das costas.

Parente da vítima, uma advogada de 40 anos e que pediu para não ser identificada, disse que a família está em estado de choque. "Como uma pessoa sai para trabalhar e volta quase morta", questiona. 

Nelson foi baleado enquanto seguia em seu veículo Peugeot 207 com dois passageiros, Reynan Felipe Vieira de Oliveira e Maickon Alves Marques, os dois de 22 anos, quando ocorreu o atentado. Os rapazes foram executados após serem atingidos por diversos disparos de grosso calibre.

Testemunhas contaram que os atiradores estavam em três automóveis, sendo quatro homens em um Fox dourado, dois em uma motocicleta e ocupantes em uma caminhonete Hilux. As placas dos veículos não foram informadas. O motorista da Uber relatou à Polícia Militar, que não conhecia as vítimas mortas no atentado. Ele apenas fazia a corrida para os passageiros.

Os dois jovens executados, Reynan e Maickon, podem ter sido assassinados por vingança. A suspeita é de que o crime tenha relação com outro duplo homicídio, ocorrido no último domingo (23), no Jardim Campo Alto.

Marcas de tiros onde ocorreu o duplo homicídio na noite de domingo, no Bairro Campo Alto. (Foto: André Bittar)
Marcas de tiros onde ocorreu o duplo homicídio na noite de domingo, no Bairro Campo Alto. (Foto: André Bittar)

Ocasião em que Joaquim Rodrigues de Oliveira, 58 anos, e Antônio Marques, 72 anos, morreram após um atirar no outro, por volta das 19h30 de domingo (23), na Rua Caravelas, no Jardim Campo Alto. O pivô da confusão teria sido Maickon.

Testemunhas relataram que Maickon fazia disparos de arma de fogo na rua e na casa do filho de Joaquim, quando Joaquim se armou com um revólver e foi até a casa do atirador tirar satisfação. Na sequência, Antônio - avô de Maickon - também se irritou com a situação e armado atirou em direção a Joaquim, que revidou e acertou Antônio com tiro na cabeça e o outro na axila. Já Joaquim foi atingido com pelo menos cinco disparos, sendo na coxa direita, dois nas costas, peito e barriga.

Em seguida, Maickon recolheu uma das armas e terminou de descarregar em Joaquim, que segundo relatos de testemunhas ainda estava vivo. Na sequência, ele fugiu e levou uma das armas.

Confusão - Ao ficar sabendo da morte do irmão Joaquim, o policial militar da reserva, Edvaldo Rodrigues de Oliveira, 61 anos, foi até o local do crime e agrediu uma mulher. A confusão ocorreu pouco depois do duplo homicídio. 

Questionado sobre a agressão, Edvaldo disse que quando chegou ao local e viu o corpo de seu irmão no chão foi impedido por um grupo que ali estava, inclusive a mulher, de se aproximar. Nervoso com a situação, policial confessou que empurrou algumas pessoas, mas negou que teria ameaçado a mulher de morte.

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