Um mês e meio após serem “sequestradas”, Mel e Catarina reencontram donas
“Nunca perdi a esperança de encontrá-las”, relatou a enfermeira Maria Nilce após abraçar “filhas” em delegacia
Nem só da procura de pessoas desaparecidas vivem policiais civis da 5ª Delegacia de Polícia de Campo Grande. Exatamente 46 dias depois de fugirem de casa, no Bairro Amambaí, na Capital, Mel e Catarina, duas cachorrinhas da raça shih tzu, foram encontradas por equipe que investigava o caso. A dupla se reencontrou com as “mães” em solo policial.
De acordo com a delegada Gabriela Stainle, Maria Nilce, de 60 anos, registrou boletim de ocorrência denunciando o “sequestro” das cadelinhas no dia 13 de março, um dia após o sumiço.
A enfermeira de São Paulo e a filha, Claudia Miranda, de 38 anos, que haviam acabado de se mudar para Campo Grande, não perceberam que uma das grades do portão da casa onde passaram a viver estava solta e quando acordaram, perceberam que as cachorrinhas haviam fugido. Era um trio. Mas a mãe de Mel e Catarina preferiu não se aventurar.
Depois do desaparecimento, as donas passaram a procurar pelo bairro, perguntaram para vizinhos e pessoas nas ruas, até que encontraram um catador de recicláveis, que relatou ter visto um carro parando e pegando a duplinha. Maria Nilce e Claudia conseguiram imagens de câmeras de segurança do momento e foram à polícia.
O vídeo registrou parcialmente a placa do veículo e desde o registro da ocorrência, investigadores procuravam placa e modelo que batiam com o automóvel do flagrante gravado, até que nesta quarta-feira, encontraram.
O dono do carro tinha endereço registrado no Bairro Santa Emília e policiais foram até lá. No local, o homem admitiu ter pegado as cachorrinhas na rua, mas disse que elas haviam fugido novamente. O que ele não contava era que enquanto conversava com um investigador, outro policial falava com a namorada dele e ela admitiu que estava com Mel e Catarina. “Não deu tempo de combinarem a mentira”.
O reencontro das shih tzus com Maria Nilce e Claudia aconteceu no fim da tarde desta quarta-feira (27), na 5ª DP. Muito emocionadas, mãe e filha não conseguiram segurar o choro e as cachorrinhas, os rabinhos no lugar.
“Nunca perdi a esperança de encontrá-las”, relatou a enfermeira, completando que além de continuar procurando pelo bairro, espalhou cartazes e de tempos em tempos, voltava à delegacia para saber sobre as investigações.
A delegada ainda não sabe como vai responsabilizar o homem que pegou as cadelinhas na rua. Apesar do registro da ocorrência ser de furto, ele pode responder por apropriação de apropriação indébita.
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