UPA precisa de reforma e não tem data para ser reaberta, diz prefeitura
Interdição é resultado de uma forte chuva que atingiu a região oeste de Campo Grande; Secretaria disse que vai reformar unidade
O fechamento da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do bairro Vila Almeida é por tempo indeterminado, de acordo com a secretária adjunta de saúde, Andressa De Lucca Bento. A unidade foi fechada pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) na manhã desta segunda-feira (16) após as chuvas.
A interdição é resultado de uma forte chuva que atingiu a região oeste de Campo Grande, alagando a UPA e deixando algumas paredes ficarem energizadas. O problema inicial seria a calha da unidade que não aguentou o fluxo da água e rompeu.
"Ao invés de fazer remendo é melhor parar tudo e fazer uma obra para não ter mais problema. Estamos fazendo um diagnóstico e depois tomaremos medidas com caráter de urgência para reestruturar o posto e retomar o atendimento", destacou.
Durante a visita Andressa disse que a situação é insalubre e que precisa urgente de uma reforma. "O cheiro de fezes de pombo é muito forte". A adjunta da Sesau disse que já havia feito uma visita na unidade e identificado que a calha estava com problemas.
"Estávamos nos programando para fazer a troca. Não podemos colocar em risco a população que vem buscar atendimento e os nossos servidores".
Andressa ressaltou que o Corpo de Bombeiros foi até a unidade de saúde, mas quem decidiu pela interdição foi a secretaria. No local apenas um médico, um enfermeiro, um técnico em enfermagem e um assistente social vão fazer plantão para atender a demanda espotânea.
"Casos do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e Bombeiros vão ser regulados para outra UPA".
Sem atendimento - Quem estava na ala pediátrica ou na farmácia da unidade precisou sair do local questão de segurança. A dona de casa Letícia Soares, de 23 anos, disse que foi buscar atendimento para o filho de três meses.
"Fiz a ficha e quando ia ser atendida pediram para sair porque tinha risco de tomar choque. Já tinha 1h20 esperando e não tinha sido atendida. Vou embora sem atendimento", relatou.
A também dona de casa, Vardeléia Marques, 29 anos, relatou que a água começou a sair pelo ventilador e pela luminárias da pediatria. "Vim procurar atendimento para a minha filha de 8 anos. Vou embora sem conseguir", lamentou.
Chuva - De acordo com o meteorologista Natálio Abraão choveu 21 milímetros na região oeste de Campo Grande nesta manhã.
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