Vendaval arranca telhado de barraco e família fica ao relento
Filha e idosa de 68 anos estavam na moradia, construída há um ano, quando teto desabou
A diarista Ana Flávia da Conceição, de 37 anos, não sabe onde passará a noite desta segunda-feira (13). Ela estava em barraco que construiu para a mãe, Guiomar Conceição, de 68 anos, na tarde de hoje, quando vendaval quebrou viga e arrancou o telhado da moradia.
Erguida há um ano na Comunidade Esperança, no Jardim Noroeste – região leste de Campo Grande –, a casa é feita de madeira, lona e telhas de amianto.
“Não sei o que vou fazer essa noite, não cabe todo mundo, não temos onde dormir”, afirma Ana Flávia, chorando. Ela conta que tem outro barraco na favela, mas que as duas “casas” abrigam outras sete pessoas.
A diarista conta que por volta das 16h, quando a chuva forte começou, ela e a mãe já se preparavam para ter o barraco invadido pela enxurrada, mas não esperavam que o pior fosse acontecer. “Comecei a ouvir uns estalos, até pensei que eram fios de energia batendo. Aí de repente, a viga quebrou e tudo desmoronou”, conta.
Ana Flávia narra ainda que conseguiu puxar a mãe e impediu que o telhado caísse sobre a idosa. Contudo, o prejuízo material foi grande. “Achei que nunca passaria por isso. Perdi cama, guarda-roupa, geladeira, roupas”.
As pancadas de chuva que atingiram a Capital na tarde desta segunda-feira somaram 17 milímetros e as rajadas de vento chegaram a 33 km por hora, conforme registrado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
A diarista pede ajuda para reconstruir a moradia. Ela precisa de telhas, uma viga de madeira e aceitar qualquer outra doação, inclusive em dinheiro. O Pix dela é o 67 99121-3999.
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