"Vida que segue", diz PM que amputou perna depois de levar tiro de fuzil
Em vídeo feito no hospital, militar aparece otimista e diz que logo quer marcar cerveja com amigos
Um dia depois de ser atingido por um tiro de fuzil e precisar amputar uma das pernas, o subtenente do Bope (Batalhão de Operações Especiais), Carlos Alberto dos Santos Aragaki, de 45 anos, gravou vídeo da Santa Casa de Campo Grande, onde aparece otimista ao lado de um colega. “Vida que segue. A vida continua”, afirma.
Nos 17 segundos de imagens feitas no leito do hospital onde está internado, o PM cumprimenta os amigos e ainda fala do desejo de reencontrá-los. “Um abraço para todo mundo e saudades. Vamos daqui algum tempo conversar um pouco e marcar de tomar uma cerveja”, completa.
O caso - O subtenente foi baleado na madrugada de ontem (16), quando militares do Bope realizavam operação contra tráfico de drogas em uma estrada vicinal de Antônio João, na tentativa de abordar traficantes que passariam com carregamento de droga em um caminhão.
Durante a abordagem, traficantes em veículos com faróis apagados, que davam apoio no transporte da droga, surpreenderam os policiais e descarregaram fuzis contra os militares.
O subtenente foi ferido nas duas pernas e socorrido até o hospital local, onde precisou amputar parte de uma das pernas, abaixo do joelho. O médico local optou pela amputação devido à gravidade da lesão e pela falta de um cirurgião vascular na unidade de saúde.
Policiais do Batalhão de Choque da PM seguem para Antônio João para dar apoio ao Bope, que continua fazendo diligências pelos traficantes. Eles acessaram um matagal para fugir. Os veículos já foram localizados.