Vídeo mostra jovem em capô antes de acidente
Jovem que matou namorada já tinha um registro por dirigir embriagado em 2019
Apesar de ser considerado um acidente de trânsito com vítima fatal, o caso do atropelamento de Mariana Vitória Vieira Lima, de 19 anos, vai ser investigado como feminicídio com dolo eventual, já que ela mantinha um namoro de quatro meses com Rafael de Souza Carrelo, da mesma idade. Quando era adolescente Rafael também respondeu por ato infracional de dirigir embriagado. O registro ocorreu em 2019.
Agora, a delegada Joilce Silveira Ramos, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), disse que o rapaz deu duas versões sobre o que provocou a morte de Mariana. A primeira, ainda no local do acidente, dizendo que ela estava dirigindo e em certo momento trocaram o volante. Então, quando ele quis dirigir, ela subiu no capô para tentar impedí-lo.
Já a segunda versão, é a que ficou registrada em depoimento à polícia, em que disse que os dois brincavam e em determinado momento, quando foi a vez dela subir no capô, ele acabou perdendo a direção do carro.
Segundo a delegada, com ajuda de testemunhas e imagens de câmeras de segurança, a investigação vai apontar qual das duas versões é a verdadeira e que independente disso, ele responderá inquérito por feminicídio com dolo eventual. “A investigação vai identificar a real circunstância do acidente”, disse a delegada.
Em imagens já captadas foi confirmado que havia uma pessoa em cima do capô do carro, um Toyota Etios que pertencia à jovem Mariana, ao passarem pelo cruzamento das avenidas Afonso Pena e Espírito Santo. A velocidade parecia baixa. Não foi determinado ainda se era ele ou ela.
Joilce disse ainda que serão chamadas testemunhas para depor, sendo amigos e familiares de Rafael que estavam na festa de aniversário onde o casal esteve entre a noite de sexta e a madrugada de sábado e ainda, frentistas de posto de combustível por onde o casal também passou.
Pai da menina, Luciano Bene, falou com a polícia e comentou que durante o curto período de relacionamento entre Mariana e Rafael, percebia nele um rapaz calmo e não agressivo. O jovem já tinha um registro por dirigir embriagado na adolescência, mas é considerado réu primário, porque essa passagem foi extinta com a maioridade.
Se a Justiça seguir o pedido do Ministério Público e mantenha Rafael preso preventivamente por 10 dias, a investigação deverá ser encerrada nesse tempo. Caso ele seja liberado, haverá 30 dias para o encerramento do inquérito.