Vizinha escutou porta sendo arrombada antes de execução a tiros no Dom Antônio
Jonathan Henrique Ferreira de Melo Pereira, de 29 anos, foi morto com três tiros e ninguém ainda foi preso
Vizinha de Jonathan Henrique Ferreira de Melo Pereira, de 29 anos, escutou uma porta sendo arrombada segundos antes do jovem ser assassinado no Bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande. O rapaz foi morto com três tiros na noite deste domingo (27), dentro da casa conhecida como uma boca de fumo na região.
Pela "fama" do imóvel, o silêncio impera no bairro. Na manhã desta segunda-feira (28), poucas pessoas aceitaram conversar com a reportagem do Campo Grande News e, quando feito, por medo, não há qualquer identificação.
Uma vizinha contou que conhecia pouco Jonathan e chegou a escutar barulho de arrombamento. "Tinha um mês que ele estava morando aí", falou a vizinha ao apontar o imóvel para a equipe. "Ouvi barulho de uma porta sendo arrombada, mas não escutei tiro", completou.
Outro morador, que também não quis se identificar, contou que Jonathan alugava o imóvel de um cômodo apenas. "Só conhecia de vista, mas sei que a casa era alugada", revelou. O local ainda tinha vestígios do crime nesta manhã, como manchas de sangue na entrada.
O crime - Jonathan Henrique Ferreira de Melo Pereira, de 29 anos, foi assassinado dentro da casa onde morava, na Rua Valter Pereira do Valê, no Bairro Dom Antônio Barbosa, em Campo Grande. Segundo a polícia, o local também era uma boca de fumo.
Ele foi morto com pelo menos três tiros, que atingiram a cabeça, o peito e a mão. "Foram encontradas três cápsulas 9 mm no local, mas pode ser que tenham disparado mais vezes. Dá a entender que a mão dele foi atingida, porque ele fez um movimento de defesa", explicou o delegado Lucas Caires.
Segundo a polícia, a vítima usava tornozeleira eletrônica e estava evadida do sistema prisional. Jonathan respondia a dois processos de tráfico de drogas na Justiça de Mato Grosso do Sul.
Dentro da casa foram encontrados 48 invólucros de cocaína e cerca de 120 de maconha. Parte dos entorpecentes estava embalada e pronta para venda, outra parte ainda seria fracionada. Toda a droga foi apreendida e encaminhada para a Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico).
O caso foi registrado como homicídio na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol. Até o momento, ninguém foi preso.
