Chuva não dá trégua e MS pode ter até tornado hoje, alerta meteorologia
Meteorologia não descarta possibilidade de passagem tornado hoje em MS
Até o final de hoje (25) pode chover mais de 50 milímetros na maior parte das cidades do sul do Estado, existindo risco de tempestades e, até mesmo, ocorrência de tornado, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de MS).
Segundo a meteorologista Cátia Braga, do Cemtec, não se pode afirmar com certeza se haverá passagem de tornado pela região, mas as imagens de satélite mostram que a área sofre com a presença de eventos extremos hoje.
Esse fenômeno é formado por ventos muito fortes, tempestades e, até mesmo, tornados. A explicação está na estação chuvosa, que começou em outubro e vai até março, além de outro fenômeno.
Motivo - "Além disso, toda a região sul está sob ação do El Niño, um fenômeno que muda a circulação dos ventos e causa seca no nordeste do País e chuvas extremas no sul do Brasil e do Estado", detalha Cátia.
Com isso, cidades sul-mato-grossenses estão na rota da instabilidade, entre elas, Porto Murtinho, Caracol, Aral Moreira, Paranhos, 7 Quedas, Tacuru, Jardim, Guia Lopes, Amambai, Ponta Porã e Dourados. Só ontem, Dourados registrou 59,2 mm de chuva, volume 69% acima da média histórica, que é de 172,7 mm. "As regiões sudoeste e sul são as mais afetadas", completa a meteorologista.
Até o momento, 15 cidades já contabilizam prejuízos causados pelas chuvas dos últimos dias, segundo o coordenador adjunto da Defesa Civil, Tenente-Coronel Adriano Rampazo.
Recordes - Hoje, o interior do Estado continua ultrapassando médias históricas de chuva para o mês. Em Amambai, onde chove desde a segunda-feira (23), o nível de águas 312,6 mm (milímetros) neste mês, marca que está 67% acima da média histórica do município, que é de 186,8 mm. Só ontem choveu 50,2 mm.
Em Sete Quedas, o total do mês já chegou a 367,2 mm, valor 98% acima do esperado para esse período. Já em Itaquiraí, a média mais que dobrou, chegando a 348,6 mm até o momento, o que representa 120% a mais do que o valor histórico, que é 158,4 mm.
Com esse cenário, a meteorologista alerta para cuidados com enchentes, descargas elétricas e aumento do nível de rios.