CNJ retoma na 3ª feira julgamento sobre escutas em presídios federais
O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) vai retomar no dia 15 o julgamento do pedido de providências da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) prevendo limites na atuação dos juízes da execução penal em relação ao uso de gravações de áudio e vídeo das conversas dos detentos do Presídio Federal de Campo Grande.
O processo começou a ser julgado no dia 25 de janeiro, mas pedido de vistas de três conselheiros adiou o julgamento. Em 2008, surgiram denúncias de gravações até de visitas íntimas dos presos. Desde então, o Campo Grande News acompanha o caso, denunciado por agentes penitenciários.
A OAB/MS denunciou o assunto ao CNJ e ao CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público). Em outubro do ano passado, os conselheiros do órgão relacionado ao MP decidiram arquivar o pedido de investigação. O entendimento da maioria foi de que não houve ilegalidade por parte dos procuradores.
A Justiça Federal defende as escutas e alega que até um plano de sequestro foi descoberto através delas. Revelado em 2008, o plano arquitetado pelo traficante Fernandinho Beira-Mar, de dentro da cela do Presídio Federal de Campo Grande, era para sequestrar um dos filhos do então presidente Lula.
O crime custaria US$ 500 mil e seria financiado por um pool de criminosos, incluindo o traficante colombiano Juan Carlos Abadia e José Carlos Girotti, preso por assalto ao Banco Central.