Corrupção causou 70% das expulsões de servidores públicos em MS
Índice do Estado está acima do percentual de expulsos pelo mesmo motivo no País
De cada dez servidores públicos federais expulsos em Mato Grosso do Sul, sete foram punidos por práticas de corrupção. Por esse motivo, o Governo federal expulsou 97 funcionários no Estado, de 2003 a 2017, de acordo com relatório da CGU (Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União), divulgado nesta segunda-feira (dia 8).
O número de expulsões por corrupção corresponde a 70,8% dos 137 servidores públicos federais exonerados por envolvimento em atividades contrárias à Lei nº 8.112/1990 (Regime Jurídico dos Servidores).
Os demais motivos são: abandono de cargo, inassiduidade ou acumulação ilícita de cargos (21 casos); proceder de forma desidiosa (duas expulsões); participação em gerência ou administração de sociedade privada (também dois servidores; e outras razões (15).
A parcela de servidores expulsos em Mato Grosso do Sul por atos de corrupção supera é maior que o índice nacional. Em todo o País, foram 4.453 servidores, o que equivale a 66,32% do total de 6.714 expulsos.
O relatório também mostra que as expulsões em Mato Grosso do Sul ocorreram, em maior número, em órgãos ligados ao Ministério da Justiça. Foram 64 servidores expulsos de 2003 a 2017 (46% do total). Na sequência, aparecem, em destaque, o Ministério da Fazenda (20 funcionários expulsos) e o Ministério da Educação (19).
No ano passado, foram expulsos nove profissionais, a maioria ligada à saúde e lotada em universidades. Dos punidos com expulsão, quatro são da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) – dois médicos, um enfermeiro e um auxiliar de enfermagem – e um (enfermeiro) é da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).
Em segundo lugar – Mato Grosso do Sul tem o segundo maior índice de expulsão de servidores públicos federais, superado apenas pela Amazonas. As parcelas nesses estados são, respectivamente, de 8,57 e de 10,81 servidores expulsos para cada mil ativos.