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Cidades

De olho nos "adiantados", ambulantes chegam cedo a local do Enem

Osvaldo Júnior e Kleber Clajus | 12/11/2017 10:13
Dorvalino acordou às 4h para garantir lugar tranquilo e vender seus lanches embaixo de sombra (Foto: Paulo Francis)
Dorvalino acordou às 4h para garantir lugar tranquilo e vender seus lanches embaixo de sombra (Foto: Paulo Francis)

Diz o ditado popular: “Deus ajuda quem cedo madruga”. Foi pensando assim que ambulantes acordaram a partir das 4h deste domingo e estudantes chegaram com antecedência de mais de três horas a locais de provas do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Às 4h, Dorvalino Moraes, 63 anos, já estava em pé preparando-se para realizar boas vendas em frente à Uniderp, um dos locais das provas. Como chegou cedo, conseguiu montar a barraca de lanche embaixo de uma sombra. “Precisei sair cedo, porque moro lá na Roselândia”, contou.

Quem também garantiu um lugar à sombra é a ambulante Katiuce Lima dos Santos, 30 anos, que tentará melhorar o orçamento do mês com a venda de cachorro quente em frente à Uniderp neste domingo. Ela mora em uma chácara, próxima do aeroporto Santa Maria. “Sai de casa às 5h”, disse.

Tina Alves, 59 anos, buscará reverter o prejuízo que teve na semana passada. “Fiquei em frente à escola Hérculos Maymone, mas foi um fracasso. Hoje vim para cá”, contou a ambulante, que montou uma mesa, com balas, refrigerante e outros produtos nas imediações da Uniderp.

Oito canetas – Não só os ambulantes se precaveram quanto ao horário. Há candidatos “madrugadões” também, que chegaram à Uniderp a partir das 8h, quatro horas antes de fechar os portões.

É o caso de Daiany Fonseca de Oliveira, 21 anos, que chegou cedo para não ter problema com estacionamento. “Na semana passado, foi complicado encontrar vaga”, recorda-se a candidata, que é estudante de Enfermagem e pretende cursar Medicina. 

Daiany é prevenida não só em relação a estacionamento, mas também a outras questões. “Trouxe oito canetas”, disse. “Tem gente que não lê edital. Por isso precisei emprestar canetas. Hoje, já trouxe oito”, justiticou.

 E, novamente, a futura profissional da saúde socorreu uma candidata, que não tinha caneta da cor exigida em edital (preta). Quem recebeu a ajuda de Daiany foi a aposentada Cleiri Matos, 62 anos. “Ganhei a caneta dela”, contou.

"Eu quero fazer Serviço Social", contou Cleiri, acrescentando que foi inspirada pela filha, que tem duas faculdades. "Fiquei sozinha em casa. Tem gente que fala de depressão. Eu não. Resolvi estudar, porque não quero ficar só em casa, assistindo tevê. Não tem nada que presta na tevê. Então, prefiro estudar e conhecer gente", argumentou.

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