Duplicação de trecho da 163 reduziu acidentes e melhorou fluxo
Inaugurada em agosto de 2010, os 27 quilômetros de duplicação da BR-163, em Dourados, trouxeram vários benefícios para o município, que fica distante 233 quilômetros da Capital. Além de melhorar o tráfego de veículos, os douradenses destacaram a diminuição dos acidentes com a divisão da rodovia e esperam que a duplicação, de 806 quilômetros restantes da rodovia, seja ainda mais vantajoso para a cidade.
Para o estoquista douradense, Allan de Castro, 20 anos, a duplicação mudou “a cara da rodovia” e as obras, que iniciaram em Caarapó, irão diminuir os acidentes. “A primeira coisa que irá mudar são os acidentes, que irão diminuir. Está muito perigoso. Vai ajudar muito, só vejo pontos positivos”, reconheceu.
Foram investidos R$ 38,9 milhões, segundo o Ministério dos Transportes, para a duplicação da BR-163 em Dourados
De acordo com o levantamento da PRF (Polícia Rodoviária Federal), até o último sábado (19), 142 pessoas morreram em rodovias federais em Mato Grosso do Sul, sendo 58 mortes somente na BR-163. Mesmo com a duplicação já existente, a “Rodovia da Morte” ainda preocupa os douradenses.
“As chances de acidentes irão diminuir muito, principalmente no trecho entre Dourados e Naviraí, que não é bom, não tem nem acostamento”, analisou o motorista Paulo Camargo, 44, sobre as obras que iniciaram este mês.
Com a duplicação da rodovia, os fluxo de caminhões aumentou bastante na BR e também na cidade. O gerente de posto de um gasolina, Silvano dos Santos, 32, explicou que o tráfego ficou melhor e com a nova duplicação o fluxo será menos intenso. “Vai melhorar bastante o fluxo na rodovia, principalmente de caminhões. Vai ficar bem melhor”, comentou.
Para o prefeito de Dourados, Murilo Zauith (PSB), a duplicação dos 89,2 km, divididos em 10 pontos da rodovia, trará segurança para os douradenses. “Quem utiliza a rodovia vai se sentir mais seguro”, afirmou o prefeito do município com 207 mil habitantes.
A MSVia CCR previu investimento de R$ 3,4 bilhões em cinco anos, concluindo os 806 quilômetros da rodovia até o final de 2018. Outros seis trechos serão duplicados até outubro do próximo ano. Segundo o diretor de engenharia da MSVia, Décio de Rezende Souza, o canteiro terá nove metros e serão duas faixas de cada lado com 3,6 metros de largura. O acostamento terá mais 2,5 metros. Só no perímetro urbano, cada sentido da via será divido por uma barreira central.
Até o final de 2015, a CCR planeja duplicar 129 quilômetros. No ano seguinte, serão outros 193 quilômetros. A meta é concluir os 806 quilômetros da rodovia até o final de 2018. Também implantadas 17 bases de apoio, 505 câmeras de vigilância e 13 radares fixos.