Taxa de sindicalização em MS cai a 7,3% em 2022, menor nível da série histórica
Em 2022, apenas 103 mil pessoas ocupadas estavam associada a sindicatos em Mato Grosso do Sul
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta sexta-feira (15) dados mostrando as características adicionais do mercado de trabalho referentes a 2022. O ano passado foi marcado pela recuperação do mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul, superando os índices pré-pandemia. No entanto, um dado que chamou atenção foi a taxa de sindicalização no estado atingiu o menor nível da série histórica, com apenas 7,3% da população ocupada associada a sindicatos.
A população ocupada atingiu sua maior estimativa em 2022, com 1,41 milhão de pessoas, representando um aumento de 5,0% em relação a 2019 e um crescimento de 19,7% em relação a 2012. Ao mesmo tempo, a população em idade de trabalhar também expandiu, possibilitando um aumento no nível de ocupação, que atingiu 64,1% em 2022, um valor superior ao ano pré-pandemia, que era de 63,6% em 2019.
Enquanto o mercado de trabalho mostrou sinais claros de recuperação em Mato Grosso do Sul, a taxa de sindicalização no estado atingiu um ponto preocupante. Em 2022, apenas 7,3% (103 mil pessoas) da população ocupada estava associada a sindicatos, o que representa uma redução em relação a 2019, quando a taxa era de 130 mil pessoas, e uma queda constante desde 2017, quando havia 189 mil pessoas sindicalizadas.
Comparado ao cenário nacional, Mato Grosso do Sul fica na 18ª posição entre as unidades da Federação em termos de porcentagem de trabalhadores sindicalizados. Enquanto estados como Piauí, Maranhão e Rio Grande do Sul apresentam taxas de sindicalização mais elevadas, o estado enfrenta desafios significativos na manutenção e crescimento da sindicalização.
Uma tendência notável é a diminuição da diferença entre homens e mulheres sindicalizados ao longo dos anos. De 2012 a 2019, o percentual de homens sindicalizados era maior, mas em 2022, a sindicalização entre as mulheres (7,3%) se igualou à dos homens (7,3%). Isso indica uma maior participação das mulheres na representação sindical e uma busca por equidade de gênero no movimento sindical em Mato Grosso do Sul.
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