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Economia

Inflação de Campo Grande volta a subir e encerra mês de agosto em 0,27%

Maior alta foi registrada no grupo habitação, com impacto na energia elétrica

Izabela Cavalcanti | 12/09/2023 10:35
Energia elétrica teve o maior impacto na inflação de agosto (Foto: Henrique Kawaminami)
Energia elétrica teve o maior impacto na inflação de agosto (Foto: Henrique Kawaminami)

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de Campo Grande ficou em 0,27% no mês de agosto. A taxa quebra o ciclo de deflação dos dois meses anteriores, que foi de - 0,12% e -0,14%, respectivamente. Os dados foram divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

No ano, a inflação acumula alta de 3,07% e, nos últimos 12 meses, de 3,98%. No Brasil, o índice subiu 0,23% no mês de agosto.

Dos nove grupos pesquisados, oito tiveram aumento. A maior alta foi registrada no grupo habitação, 1,06%; em seguida, está artigos de residência, 0,99%; saúde e cuidados pessoais, 0,97%; transportes, 0,84%; Educação, 0,78%; despesas pessoais, 0,34%; vestuário, 0,31%; e comunicação, com aumento de 0,11%. A única variação negativa veio de alimentos e bebidas (1,5%).

Habitação - A variável de maior impacto do grupo foi a energia elétrica residencial, que registrou 3,66%. O gerente do IPCA/INPC, André Almeida, explica o motivo.

“O aumento na energia elétrica foi influenciado, principalmente, pelo fim da incorporação do bônus de Itaipu, referente a um saldo positivo na conta de comercialização de energia elétrica de Itaipu em 2022, que foi incorporado nas contas de luz de todos os consumidores do Sistema Interligado Nacional em julho e que não está mais presente em agosto”, disse.

As outras altas vieram dos subitens tinta (3,53%); condomínio (1,52%) e cimento (0,54%). Já no lado das quedas, se destacaram os subitens: gás de botijão (2,60%), amaciante e alvejante (2,45%) e saco para lixo (2,02%).

Transportes - O grupo transportes registrou aumento de 0,84% no índice. O resultado foi influenciado pelo recuo nos preços dos combustíveis (1,52%), por conta do aumento na gasolina, que foi de 1,41% e do óleo diesel 9,42%. Também se destaca o resultado de conserto de automóvel (2,76%).

Já no lado das baixas, estão as passagens aéreas (-14,85%), com acúmulo de -31,87% no ano e de -21,23%, em 12 meses.

Alimentação e bebidas - A queda neste grupo, de 1,5%, deve-se principalmente ao recuo nos preços da alimentação no domicílio (-2,01%). Batata-inglesa teve queda de 22,52%; repolho -12,63%; feijão-carioca -9,90%; cebola -9,88%; mamão -8,63% e tomate -7,44%.

O frango inteiro apresentou queda de 5,98%, as carnes apresentaram queda de 3,59% e o frango em pedaços, de 4,22%. No lado das altas, banana nanica (16,24%), peixe pintado (8,57%) e azeite de oliva (4,62%).

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