Estado é um dos 11 no País que terá vacinação contra a raiva priorizada
Apenas Mato Grosso do Sul e 10 estados do Nordeste e Norte terão vacinação contra a raiva neste ano. Por falta de vacinas para importação, o Ministério da Saúde resolveu priorizar as áreas que registraram casos da doença nos últimos 3 anos.
São Paulo, por exemplo, que tem 6,9 milhões de cães e 2,5 milhões de gatos, mas não registra casos de raiva humana desde 2001, ficou de fora da campanha que começa em setembro.
Mato Grosso do Sul, uma das unidades da federação em que a vacinação ocorre na segunda fase, em setembro, deve receber 675,2 mil doses da vacina.
A estimativa do Ministério da Saúde é que existam 613,9 mil cães e gatos no Estado.
Foram definidos como estados prioritários para a aplicação da vacina aqueles que apresentaram casos de raiva canina ou humana nos últimos três anos: Maranhão, Ceará, Pernambuco, Pará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Alagoas, Sergipe, além de Mato Grosso do Sul.
Durante a vacinação deste ano, informa o Ministério, será mantido o sistema de monitoramento de eventos adversos adotado em 2010, com notificação em formulário eletrônico para o Ministério da Saúde de reações à vacina identificadas nos animais.
No ano passado a campanha de vacinação contra a raiva em animais foi suspensa em todo o país depois que foram relatadas reações graves à vacina, inicialmente no Rio de Janeiro e em São Paulo. Ao todo, foram 637 registros, dos quais 265 (41,6%) foram considerados graves – morte ou reação sistêmica (anafilaxia).
O Ministério da Saúde recomenda que aos donos dos animais, caso identifique suspeita de raiva, isolem o animal e acionem técnicos do centro de controle de zoonoses ou um veterinário da secretária municipal de Saúde para que as providências.
Outra recomendação é que, caso a pessoa seja agredida por qualquer animal, lave imediatamente a ferida com água e sabão e procurar imediatamente um serviço de saúde para obter orientações sobre indicação de vacina ou soro.
Quando a agressão for por cães ou gatos, os animais deverão ser confinados por dez dias após a agressão, para observação de sintomas da doença. Se o animal morrer, deve-se informar o departamento de zoonoses do município imediatamente, orienta o Ministério.