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Cidades

Estamos de olho, dizem secretário e Polícia Militar sobre ‘campanha’ do PCC

Organização criminosa teria flexibilizado regras para ‘batizar’ novos membros e meta é filiar 40 mil novos membros ao ‘partido do crime’ até o fim do ano

Anahi Zurutuza e Leonardo Rocha | 15/12/2017 12:17
Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho; facções comandam presídios e de dentro da penitenciária de segurança máxima de Campo Grande, lideranças mandam que subordinados cometam crimes do lado de fora (Foto: Arquivo)
Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho; facções comandam presídios e de dentro da penitenciária de segurança máxima de Campo Grande, lideranças mandam que subordinados cometam crimes do lado de fora (Foto: Arquivo)

Tanto o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, quando o comandante da PM (Polícia Militar), Waldir Acosta, garantem que os serviços de inteligência das forças de segurança estão atentos à atuação das facções criminosas em Mato Grosso do Sul. Os dois, entretanto, garantem que não há alerta sobre movimentação do PCC (Primeiro Comando da Capital) para arrebanhar integrantes até o fim deste ano.

A informação de que a organização quer aumenta o “exército” é do Uol. Em reportagem publicada nesta sexta-feira (15), o jornal on-line denuncia que a facção deflagrou campanha audaciosa nos presídios e bocas de fumo do país com o objetivo de filiar mais 40 mil integrantes ao “partido do crime”.

Em guerra com outros grupos, como o CV (Comando Vermelho) e a FDN (Família do Norte), o PCC estaria em busca de mais poder.

Para o secretário Barbosinha, “há muita especulação em relação a essas facções”. “De qualquer maneira, Mato Grosso do Sul faz a sua parte. Nossas equipes de inteligência monitoram o crime organizado, sempre com atenção especial rebeliões e ações comandadas dos presídios. Mas, não há nenhum sinal de alerta por enquanto”, afirmou.

O comandante da PM reforçou a opinião do chefe da Sejusp. “O serviço de Inteligência está trabalhando, por enquanto não detectou nada de anormal”.

Corpo foi encontrado próximo à cachoeira do Céuzinho (Foto: Paulo Francis)
Corpo foi encontrado próximo à cachoeira do Céuzinho (Foto: Paulo Francis)

Execuções – 2017 foi o ano das execuções, algumas delas filmadas, de integrantes de facções que julgam seus integrantes nos “tribunais do crime”. Neste ano, ao menos cinco assassinatos foram cometidos em Campo Grande a mando de líderes do crime organizado, conforme a Polícia Civil.

A morte mais recente aconteceu no dia de novembro. O corpo de José Carlos Louveira Figueiredo, 41 anos, foi encontrado sem cabeça na Cachoeira do Ceuzinho no dia 29.

No começo do mês passado, Rudnei da Silva Rocha, 22 anos, o “Babidi”, também foi encontrado decapitado em uma estrada vicinal do bairro Indubrasil. Neste ano, também foram registradas as execuções de Richard Alexandre Lianho, Fernando Nascimento dos Santos e Mauro Éder Araújo, o “Fininho”.

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