Sócio de chefe do PCC no Paraguai é preso na fronteira com MS
Advogado procurado por lavagem de dinheiro foi preso em Pedro Juan Caballero; Galã, o chefão do PCC, é apontado como mentor do assassinato de Jorge Rafaat e aliado de Jarvis Pavão
O advogado paraguaio Amado Ramón Salinas, 49, apontado como o principal sócio comercial do brasileiro Elton Leonel Rumich da Silva, o “Galã”, o número 1 do PCC (Primeiro Comando da Capital) no Paraguai, foi preso hoje (4) em Pedro Juan Caballero, cidade vizinha de Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande.
Galã é acusado de ter tramado, em parceria com o narcotraficante Jarvis Gimenes Pavão, a execução do chefão da fronteira, Jorge Rafaat Toumani, em junho do ano passado. O objetivo era permitir a expansão do PCC na fronteira. Rafaat era inimigo da facção.
De acordo com policiais paraguaios, Amado Salinas era procurado por lavagem de dinheiro e associação ao tráfico de drogas. Ele foi preso no centro de Pedro Juan Caballero por agentes da Unidade Especializada da polícia e da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas).
Conforme as investigações, o advogado é dono de duas empresas de fachadas no território paraguaio, usadas para movimentar altas quantias e para comprar bens como forma de legalizar o dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de armas. Salinas era procurado desde 2016, quando foi desencadeada a “Operação Smugglin”, que identificou a estrutura financeira do PCC no Paraguai.
O promotor que lidera a força-tarefa contra o narcotráfico, Hugo Volpe, informou que Amado Salinas está sendo levado para Assunção. Segundo ele, as empresas do advogado atuavam oficialmente no ramo de importação, mas eram apenas de fachada.