Ex-alunos da Paulistec tem até dia 30 para ir ao Procon
Vai até o dia 30 deste mês o prazo para ex-alunos da escola Paulistec, que vendia certificados do ensino médio e fundamental em Campo Grande, entrarem com reclamação no Procon. O Procon acredita que já atendeu 80% dos estudantes lesados.
O prazo foi estipulado para que o trâmite administrativo seja finalizado e possa ser dado encaminhamento ao processo judicial contra os proprietários da empresa. "O processo administrativo está diretamente vinculado ao processo judicial", explica o superintendente do Procon, Lamartine Ribeiro.
Mais de 800 alunos foram ressarcidos pelos valores pagos, em média R$ 500,00, com audiências sendo realizadas até aos sábados. O Procon estima que cerca de 1.200 pessoas tenham sido lesadas pela Paulistec em Campo Grande.
Os ex-alunos que ainda tiverem a intenção de recuperar o valor pago devem procurar o Procon com o recibo de pagamento e o diploma original emitido pela Paulistec. A sede do Procon está localizada na rua 13 de Junho, 930, esquina com a rua Maracaju.
Histórico O golpe foi descoberto em maio deste ano. A empresa, instalada em Campo Grande desde abril de 2008, vendia certificados do ensino médio e fundamental emitidos por três escolas do Rio de Janeiro e uma de Santa Catarina, credenciadas pelo MEC (Ministério da Educação.)
Seis pessoas foram indiciadas por crime de estelionato e formação de quadrilha. Segundo a apuração da Delegacia do Consumidor, os documentos necessários para a emissão dos certificados eram assinados em branco pelos alunos e encaminhados à matriz da Paulistec. Não eram feitas provas, mas mesmo assim os alunos recebiam os certificados.
A Paulistec tem 28 filiais em outros seis Estados, São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Bahia e Santa Catarina. A unidade de Campo Grande foi fechada.