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Cidades

Fazendeiros retiram gado às pressas da região de conflito

Paula Maciulevicius e Aliny Mary Dias, de Sidrolândia | 05/06/2013 12:31
Parte do gado está sendo levado para clube de laço de Anastácio. (Foto: Cleber Gellio)
Parte do gado está sendo levado para clube de laço de Anastácio. (Foto: Cleber Gellio)

Os produtores rurais da região de Sidrolândia estão desde ontem trabalhando na retirada das cabeças de gado das fazendas ocupadas por índios e outras que correm o mesmo risco. Só na área que os índios reivindicam como Terra Indígena Buriti, são 10 propriedades invadidas: Buriti, São Sebastião, Água Doce, Lindóia, São José, Querência, 3R, Flórida, Santa Clara e Bom Jesus.

Ainda nesta manhã, produtores rurais estiveram reunidos na fazenda Furnas da Estrela, discutindo como resistir às novas ocupações.

Dono de três caminhões que faziam o transporte de gado, Vilmar Rech, 40 anos, disse ao Campo Grande News que a determinação foi de retirar o rebanho imediatamente.

Hoje ele fazia a remoção de animais da propriedade Lindóia, ocupada na segunda-feira. Das 900 cabeças de gado, 640 já tinham sido deixadas em um rancho na região e de lá iriam seguir para o Clube de Laço de Anastácio. O motorista calculou sete viagens para levar todo gado.

“Tem fazendeiro com mais de 1,5 mil gados que não tem para onde levar. Eles estão tentando conversar com outras regiões”, disse.

Dono da fazenda Lindóia, o prefeito de Bonito, Leonel Lemos de Souza Brito, o Leleco (PT do B), foi acompanhar de perto a retirada. Ele informou que já entrou com pedido de reintegração de posse e espera que seja deferido e cumprido.

Se mostrando apreensivo com a situação, Leleco ainda acusa os índios de matar o gado para comer e vender em açougues de Sidrolândia.

Das 260 cabeças de gado que haviam ficado na propriedade, Leleco disse que todas foram roubadas.
“Agora acabou o valor dessas terras, ninguém mais quer comprar terra nessa região”, comentou. O prefeito de Bonito tem 1,3 mil hectares da área reinvindicada pelos terena.

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