Fronteira entre Brasil e Bolívia é fechada em protesto
A fronteira entre o Brasil e a Bolívia amanheceu fechada hoje, em Arroyo Concépcion, província de German Busch, na divisa com Corumbá.
O fechamento da fronteira é um protesto para cobrar o governo boliviano a entregar terras para a empresa indiana Jindal Steel & Power, que pretende instalar uma usina siderúrgica em Mutún, onde já trabalha com a exploração de minério.
Segundo matéria do site Capital do Pantanal, o movimento começou as zero hora de hoje e deve permanecer até a meia noite desta quinta-feira (3). Segundo informações um bloqueio feito por carros e caminhões no lado boliviano impede o trânsito de veículos. Para entrar ou sair do país somente a pé.
O presidente do Comitê Cívico da Província de Gérman Bush, Orbis Hurtado, disse que uma das reivindicações é que o governo sancione um Decreto lei em favor da entrega das terras para a implantação da Siderúrgica.
"Essa paralisação é para pressionar o Ministério de Minério e Metalúrgica entregue as terras a curto prazo. Também exigimos da Jindal um plano acelerado de investimentos, para compensar o tempo de espera para a realização do projeto da siderúrgica, e cursos gratuitos para a capacitação do povo de Gérman Bush", explicou ao Capital do Pantanal.
Comerciantes bolivianos concordam com a reivindicação, embora a paralisação prejudique um dia de comércio. "Queremos que sancione esse decreto para que as terras sejam entregues e a siderúrgica possa ser implantada, pois trará investimentos para o país", afirmou a comerciante Kátia Gamez.
Para o comerciante Jorge Herrera é preciso fazer um sacrifício para que a siderúrgica seja implantada. "Meu comércio vai ficar sem movimento, mas é preciso essa paralisação para que essas terras saiam. A siderúrgica vai trazer emprego e desenvolvimento ao país, mas principalmente a fronteira", ressaltou.
Bancos e aduaneiras também não funcionam durante essas 24 horas.