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Cidades

Funcionários não aceitam proposta do frigorífico e permanecem paralisados

Graziela Rezende e Jéssica Benitez | 02/09/2013 09:18
Funcionários do frigorifico continuam a paralisação (Foto: Cleber Gellio)
Funcionários do frigorifico continuam a paralisação (Foto: Cleber Gellio)

Com faixas, som e dizeres, centenas de funcionários do Frigorífico Beef Nobre, no Jardim Carioca, em Campo Grande, paralisaram as atividades desde a madrugada desta segunda-feira (2). Eles reivindicam melhorias salariais e não aceitaram a proposta oferecida pela empresa, garantindo não ter hora para finalizar a greve.

Os trabalhadores pedem um aumento salarial de 9%, além do valor do vale refeição que subiria de R$ 60 para R$ 100, participação dos lucros da empresa de R$ 430 para R$ 700 e folga aos sábados, já que eles folgam somente uma vez ao mês, sendo o único frigorífico da Capital que trabalha dessa maneira.

Vlilson Gregório, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Carne, ressaltou ao Campo Grande News que a paralisação ocorrerá por tempo indeterminado. “No ano passado eles já haviam prometido folga, mas não cumpriram o acordo”, disse.

Desde às 2h no local, o faqueiro de abate Ademar Maia Balbino, participa do movimento. “Estou na empresa há cinco anos e todos os anos é a mesma coisa. A empresa promete, mas nunca cumpre. Eu, por exemplo, entro às 5h30, mas não tenho hora para acabar e a hora extra nunca chega corretamente. Porém, a minha principal reivindicação é a folga no sábado”, comenta Balbino.

Por dia, na Beef Nobre, são abatidos em média 700 bois. Hoje, os funcionários dizem que 530 animais deixarão de ser abatidos. No início da manhã, segundo a encarregada do recursos humanos, Antonieta Peixoto, a empresa fez uma proposta de aumentar o vale refeição em R$ 80 e ainda promover as folgas aos sábados a partir de 2014 e ainda aumentar a participação nos lucros para R$ 470, porém a categoria não aceitou por unanimidade.

“Estamos na tratativa desde Janeiro e já fizemos quatro propostas e o sindicato não aceita nenhuma, são irredutíveis. Isso não é negociação, principalmente porque os dois têm que ceder e tem que ser bom para ambos. A proposta feita hoje é o limite da empresa, então eles vão ficar lá fora, porque não temos mais o que fazer”, lamenta Peixoto.

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