Gaeco cumpre 24 mandados contra o PCC em 6 cidades de MS e PR
Líderes da facção estão trabalhando na expansão do domínio da organização criminosa nos presídio do Estado, apontam investigações
A Operação Mudra, desencadeada na manhã desta segunda-feira (23) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado), cumpre 24 mandados – 18 de busca e 6 de prisão – em cinco cidades de Mato Grosso do Sul e uma no Paraná. Os alvos pertencem ao PCC (Primeiro Comando da Capital).
De acordo com o Gaeco, provas colhidas em investigações do braço do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e também da Polícia Civil apontam que líderes da facção estão trabalhando na expansão do domínio da organização criminosa nos presídio do Estado, além de continuarem ordenando a execução de crimes do lado de fora das grades.
Para ampliar o poder, o PCC estaria reforçando o caixa. “Apurou-se que a organização criminosa desenvolve ações voltadas ao seu fortalecimento e domínio dos presídios e das áreas de interesse para o tráfico de drogas. Os meios de obtenção de recursos para seu autofinanciamento são os crimes contra o patrimônio, especialmente de roubos”, informou o Gaeco por meio de nota.
As investigações levantaram ainda mais provas de que os chamados “tribunais do crime” provocaram execuções em Mato Grosso do Sul.
A operação - O Gaeco espalhou equipes em Campo Grande, Terenos, Dourados, Caarapó, Nova Andradina e Porecatu (PR).
Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Criminal de Dourados e da Vara Criminal de Nova Andradina a pedido da 3ª Promotoria de Justiça de Nova Andradina. A Polícia Civil de Nova Andradina, além de policiais militares da mesma cidade e de Dourados dão apoio aos promotores da força-tarefa.
Dentre os presos, está um empresário de Nova Andradina, identificado como Ademir Naide de 46 anos, o “Gago”, foi preso. Outro homem teria sido preso na cidade, mas não há detalhes.
O nome - Mudras são gestos que, segundo a yoga – prática indiana milenar – e ayurveda – sabedoria medicinal que também surgiu na Índia –, “nos permitem sintonizar com frequências específicas de energia do Universo”. Também não foi divulgado o porquê do nome de batismo da operação.