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Cidades

Gaeco aponta que soldado da PM vendia cigarro contrabandeado

Relatório que denuncia policiais à Justiça Militar cita depoimento de contrabandista. As oitivas denunciaram um soldado da PM no transporte e venda de cigarros

Izabela Sanchez | 18/06/2018 17:46
A operação teve três fases e foi coordenada pelo Gaeco (Marina Pacheco)
A operação teve três fases e foi coordenada pelo Gaeco (Marina Pacheco)

O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) aponta que o soldado da Polícia Militar em Jardim, Nestor Bogado Filho, atuava na venda de cigarros contrabandeados entre as cidades de Bela Vista e Jardim. A informação consta na denúncia apresentada pelo Grupo, braço direito do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), à Justiça Militar, resultado da operação Oiketicus.

Nestor Bogado Filho levaria a carga de 10 a 11 caixas de cigarro em um veículo Renault Duster, segundo o Gaeco, de Bela Vista para Jardim. A denúncia foi apontada por um cigarreiro da região, identificado como Djalma Alegre Gonçalvez.

Djalma afirma, segundo a denúncia, que o fornecedor mora dentro do Paraguai, em Bela Vista do Norte, e que seria parente do policial Nestor. Nestor, declara o contrabandista, sabe quem vai buscar cigarros “porque o parente sempre avisa”.

O contrabandista ainda teria relatado que “seu maior concorrente é Nestor”. A denúncia do Gaeco afirma que ele prestou depoimento e “tentou minizar dizendo que apenas praticou descaminho/contrabando mediante aquisição de alguns produtos no Paraguai para revenda no Brasil para ter uma renda extra, entre os quais bebidas e cigarros”.

Por fim, o soldado teria admitido que vendia cigarro contrabandeado há mais de um ano e meio. Ele foi denunciado por corrupção passiva e formação de quadrila junto a outros 27 policiais que atuavam em dois núcleos para facilitar o contrabando de cigarros em Mato Grosso do Sul.

Operação - O esquema foi investigado pela Operação Oiketicus. A operação teve três fases; Na primeira, realizada em 16 de maio, foram cumpridos 20 mandados de prisão preventiva contra policiais: três oficiais e 45 mandados de busca e apreensão. O saldo total foi de 21 prisões porque um sargento acabou preso em flagrante.

A segunda etapa aconteceu no dia 23 de maio, com mandado de busca e apreensão na casa e escritório de servidor do TCE (Tribunal de Contas do Estado). A terceira fase foi em 13 de junho, com mais oito prisões de policiais militares. Nome da operação, oiketicus é um inseto conhecido popularmente como “bicho cigarreiro”.

O Campo Grande News tentou localizar a defesa do policial, sem sucesso.

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