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Cidades

Gaeco de São Paulo denuncia 75 em operação que “prendeu” Tio Arantes

Deflagrada em 14 de junho, a ação desmantelou a célula “Sintonia de Outros Estados e Países”

Aline dos Santos | 07/07/2018 17:33
Mandados foram cumpridos na Máxima de Campo Grande. (Foto: Saul Schramm)
Mandados foram cumpridos na Máxima de Campo Grande. (Foto: Saul Schramm)

A operação Echelon, que cumpriu mandados em Mato Grosso do Sul contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), resultou em 75 pessoas denunciadas à Justiça pelo promotor Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Presidente Prudente (São Paulo). Todas foram denunciadas por associação criminosa. Um dos alvos foi Tio Arantes, preso em Dourados. 

Deflagrada em 14 de junho, a ação desmantelou a célula “Sintonia de Outros Estados e Países”, pertencente à facção criminosa, com atuação em 14 Estados e países vizinhos. Conforme o MP/SP (Ministério Público de São Paulo), a célula agia como uma rede de comunicação para executar fora dos presídios as ordens que vinham dos líderes presos, como execuções de agentes do Estado, queima de ônibus e assassinato de rivais de outras facções.

A investigação teve início no presídio de Presidente Venceslau (SP). Após a instalação de telas de contenção nos dutos da rede de esgoto da penitenciária, foi possível apreender e recuperar fragmentos de cartas que presos dispensaram durante fiscalizações de rotina das celas.

Os manuscritos foram submetidos a exame grafotécnico pelo Instituto de Criminalística, que concluiu que as anotações efetivamente partiram das pessoas indicadas. Uma das cartas cita que alguns integrantes de outros Estados se deslocariam para São Paulo para aprender a montar bombas que seriam usadas em possíveis ações.

Alvos  - Durante a operação Echelon, equipes policiais de São Paulo cumpriram ao menos três mandados de prisão preventiva contra internos do presídio Jair Ferreira de Carvalho, a Máxima, em Campo Grande.

A ação também “prendeu” José Cláudio Arantes, o Tio Arantes, um dos líderes do PCC no Estado. Com 63 anos, ele cumpre pena na PED (Penitenciária Estadual de Dourados), por envolvimento em assalto a bancos em Campo Grande no ano passado. O nome da operação quer dizer "atacar em ondas".

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