Operações focaram presos que agiam em facções antes de transferências
Segundo o Depen, alvos de mandados durante as operações, desta semana, não exerciam participação com facções de dentro do Presídio Federal.
O Depen (Departamento Penitenciário Nacional) informou que os mandados de prisão preventiva cumpridos no Presídio Federal de Campo Grande, durante as operações policiais, desta semana, tinham como alvos criminosos que atuavam no PCC (Primeiro Comando da Capital), antes da transferência para a unidade, há cerca de 30 dias.
Ou seja, atuavam na facção de dentro de presídios de responsabilidade do Estado e não de dentro do Presídio Federal, estabelecido como modelo de isolamento para líderes de organizações criminosas no País.
“A justificativa de inclusão foi uma medida, emergencial do Estado em frear a prática de atividades criminosas por parte dos presos, cujos mandados de prisão foram cumpridos pelas autoridades policiais, dentro da Penitenciária Federal, por crimes pretéritos realizados no interior dos estabelecimentos penais estaduais onde estavam anteriormente custodiados”, esclarece nota do Ministério de Segurança Pública Federal.
Os mandados em questão foram cumpridos durante as operações Echelon - deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo em 14 unidades da federação, incluindo MS - , e Paiol, que cumpriu 75 mandados de prisão, 16 deles dentro de 6 presídios, inclusive do interior de MS.
“Nenhum dos presos foi contemplado com visita ou contato com advogados fora do ambiente de parlatório, atendimentos estes devidamente monitorados e com acompanhamento da Divisão de segurança e dos setor de inteligência da Unidade Penal Federal”, completa a nota.
Paiol – A operação foi deflagrada na última terça-feira (12) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra integrantes do PCC, e cumpriu 75 mandados de prisão, 16 deles dentro de 6 presídios, inclusive do interior.
Echelon – Ainda nesta quinta-feira (14) a operação cumpriu 75 mandados de prisão e 59 de busca e apreensão em 14 Estados, entre eles Mato Grosso do Sul. Segundo a Polícia Civil de São Paulo, as investigações começaram a partir de manuscritos encontrados nos esgotos do Presídio de Segurança Máxima de Presidente Venceslau por agentes penitenciários.
A polícia identificou sete líderes e confirmou a existência de uma célula chamada “sintonia de outros estados e países”. Os criminosos teriam assumido as funções da “sintonia” quando os líderes da organização criminosa ficaram isoladas no RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) em 2016, em decorrência da operação Ethos, que revelou esquema envolvendo advogados da facção. Fazem parte dessa célula 103 membros.