Grupo de hackers tira site do ar e promete vazar dados sigilosos do MPE
O grupo de ativistas virtuais Anonymous divulgou em sua página no Facebook nota afirmando que irá divulgar dados sigilosos obtidos durante investida ao sistema de informação do MPE (Ministério Público Estadual) de Mato Grosso do Sul ocorrida no fim da semana passada. Durante o ataque, emails foram corrompidos e o site do órgão ficou pelo menos quatro dias fora do ar.
Segundo a nota, os hackers afirmam ter conseguido acesso a mais de 1 mil emails trocados por funcionários do Ministério Público.
Conforme o grupo, nas mensagens contêm mais de 20 GB de informações sigilosas que serão analisadas e divulgadas através do WikiLeaks, um site que hospeda este tipo de conteúdo. Ainda, os hackers criptografaram computadores do órgão, além de tirarem do ar os servidores de intranet e webmail.
Desde o início da semana, o site tem apresentado problemas. O acesso a algumas informações, como consulta de procedimentos, por exemplo, não está funcionando corretamente.
O ataque seria em repúdio à “ação paramilitar realizada por fazendeiros contra famílias dos povos originários que ocorre há anos na região”, convocando o MP estadual a atuar “para que acabem as milícias de fazendeiros contra índios”. O grupo responsabiliza ainda o Ministério da Justiça pela morosidade quanto a demarcação das terras indígenas em MS.
Por meio da assessoria de imprensa, o MPE informou que o serviço de tecnologia está trabalhando no caso e ainda não é possível saber se realmente dados foram comprometidos. Conforme o órgão, diagnóstico está sendo feito para verificar a situação.
Integra da nota divulgada pelo Anonymous:
Recentemente tivemos acesso a mais de 1 mil e-mails do Ministério Público do Mato Grosso do Sul.
Durante o tempo que tivemos esses acessos, conseguimos capturar quase 20Gb de informações sigilosas.
O material está sendo analisado e será divulgado em breve por WikiLeaks.
Além disso, diversos computadores do MP-MS também foram criptografados. Seus servidores de intranet e webmail ainda estão completamente fora do ar. Somente Anonymous possui as senhas.
Nós denunciamos e repudiamos a ação paramilitar realizada por fazendeiros contra famílias dos povos originários que ocorre há anos na região.
O Ministério da Justiça, principal responsável da paralisação das demarcações, mais uma vez, omitiu-se das suas responsabilidades de zelar pelos direitos indígenas.
Nós não.
Anonymous