Hospital Universitário adotará plano de segurança contra incêndio
O HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), em Campo Grande, terá de adotar um Plano de Segurança contra Incêndio e Pânico. Acordo entre o hospital e o Corpo de Bombeiros, com a intermediação do MPF (Ministério Público Federal) definiu cronograma para efetivação da medida.
Desde março deste ano, quando iniciaram as negociações, o HU avançou de uma situação em que o aparato de segurança contra incêndio estava totalmente inoperante para o status de segurança mínima exigido para a continuidade do funcionamento, conforme informou o MPF. O objetivo é chegar ao atendimento de 100% das exigências da legislação.
O acordo começou depois de notificação do Corpo de Bombeiros, em março. Foram verificados diversos problemas, como, por exemplo, bombas d'água desligadas, hidrantes sem ligação elétrica, extintores sem funcionar, inexistência de Brigada contra Incêndio. O risco potencial foi considerado alto, pois a área do hospital é de 30 mil m².
Representantes do HU solicitaram a intermediação do MPF para cumprimento das exigências do Corpo de Bombeiros. “Foram realizadas reuniões periódicas, com metas e prazos estabelecidos a cada rodada de negociações, avaliação do cumprimento das metas e definição dos entraves para os próximos objetivos”, afirmou o procurador regional dos Direitos do Cidadão Pedro Gabriel Gonçalves.
Na última reunião, realizada na semana passada, ficou definido a empresa que vai elaborar o plano de segurança, ainda de acordo com informações do procurador. “É um avanço considerável e mais rápido do que se adotássemos a via judicial”, comentou.
As soluções implementadas periodicamente eram acompanhadas pelo Corpo de Bombeiros e levavam em conta as dificuldades administrativas e orçamentárias do hospital. Atualmente, são cumpridas 60% das exigências da legislação. Saímos de uma condição de risco total para uma situação em que temos alarmes, extintores, rotas de fuga delimitadas e uma brigada”, comparou.
O superintende do HU, Cláudio César da Silva, afirma que a intermediação do MPF foi “fundamental. De acordo com ele, num cenário de grave crise econômica, o cumprimento paulatino das exigências dos Bombeiros permitiu à administração manter o funcionamento do hospital.