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Cidades

Incêndio em clínica de reabilitação de Goiânia mata 2, um deles de MS

Suspeito de começar as chamas também seria de MS, morador de Caarapó

Danielle Valentim | 04/09/2018 07:55
André Alves Ramos, o "Dé", de 32 anos, era morador de Caarapó. (Foto: Divulgação)
André Alves Ramos, o "Dé", de 32 anos, era morador de Caarapó. (Foto: Divulgação)
Chamas atingiram um dos quartos, onde havia sete internos. Ao todo, a clínica abrigava 30 pacientes. (Foto: Reprodução)
Chamas atingiram um dos quartos, onde havia sete internos. Ao todo, a clínica abrigava 30 pacientes. (Foto: Reprodução)

Um incêndio na clínica de reabilitação Comunidade Terapêutica Beth Shalom, no Sítio Recreio Pindorame, em Goiânia, matou dois internos e deixou um ferido. Um dos mortos e o suspeito de começar as chamas eram moradores de Caarapó, a 364 km de Campo Grande.

Conforme o Mais Goiás, o incêndio começou por volta das 21h30, do último domingo (3). As chamas atingiram um dos quartos, onde havia sete internos. Ao todo, a clínica abrigava 30 pacientes.

André Alves Ramos, o "Dé", de 32 anos, morador de Caarapó e Emanuel Júnio Resende da Costa, de 17 anos, morreram e Francisco Chales dos Santos teve cerca de 80% do corpo queimado.

Francisco foi levado ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). No entanto, a unidade de saúde informou na manhã de ontem, segunda-feira (3) que não localizou o paciente no hospital.

Suspeito - O interno Lindomar Venâncio Paixão, de 28 anos, também morador de Caarapó, confessou ter ateado fogo em colchões para tentar fugir do local.

Segundo a Polícia Civil, Lindomar teria escapado e se escondido em outra clínica nas proximidades, mas foi encontrado e autuado em flagrante. O caso está na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) e será conduzido pelo delegado Marco Aurélio Euzébio.

Elizete Beltoldi, presidente da comunidade, pontuou que Lindomar é considerado um interno problemático, o qual iniciou tratamento por uma medida judicial contra roubo. Segundo ela, caso ocorreu logo após a celebração de um culto, depois da chegada de um novo interno, que não foi revistado.

“Tinha acabado de deixar a clínica com meu marido, recebemos uma ligação e soubemos do fogo. Ele [Lindomar] sempre foi isolado, problemático e não se dava muito com os colegas. Vivia brigando com todos. Veio do Mato Grosso para tratar aqui, a juíza deu uma segunda chance a ele. Esse novato teria chegado com um isqueiro e passou o objeto para o Lindomar. São relatos dos outros sobreviventes”.

De acordo com a administradora, a falha na revista será apurada. “Domingo é um dia mais livre para todos, inclusive para quem trabalha lá. O novato chegou quando todos estavam jantando e não passou pela revista. No entanto, estou aguardando meu advogado para saber quais serão as decisões a serem tomadas sobre o funcionário responsável pela revista, bem como sobre a retomada das atividades da clínica”. Elizeth afirma que, em decorrência do fogo, precisou dispensar vários internos abalados com o caso.

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