Incêndio em clínica de reabilitação de Goiânia mata 2, um deles de MS
Suspeito de começar as chamas também seria de MS, morador de Caarapó
Um incêndio na clínica de reabilitação Comunidade Terapêutica Beth Shalom, no Sítio Recreio Pindorame, em Goiânia, matou dois internos e deixou um ferido. Um dos mortos e o suspeito de começar as chamas eram moradores de Caarapó, a 364 km de Campo Grande.
Conforme o Mais Goiás, o incêndio começou por volta das 21h30, do último domingo (3). As chamas atingiram um dos quartos, onde havia sete internos. Ao todo, a clínica abrigava 30 pacientes.
André Alves Ramos, o "Dé", de 32 anos, morador de Caarapó e Emanuel Júnio Resende da Costa, de 17 anos, morreram e Francisco Chales dos Santos teve cerca de 80% do corpo queimado.
Francisco foi levado ao Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). No entanto, a unidade de saúde informou na manhã de ontem, segunda-feira (3) que não localizou o paciente no hospital.
Suspeito - O interno Lindomar Venâncio Paixão, de 28 anos, também morador de Caarapó, confessou ter ateado fogo em colchões para tentar fugir do local.
Segundo a Polícia Civil, Lindomar teria escapado e se escondido em outra clínica nas proximidades, mas foi encontrado e autuado em flagrante. O caso está na Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) e será conduzido pelo delegado Marco Aurélio Euzébio.
Elizete Beltoldi, presidente da comunidade, pontuou que Lindomar é considerado um interno problemático, o qual iniciou tratamento por uma medida judicial contra roubo. Segundo ela, caso ocorreu logo após a celebração de um culto, depois da chegada de um novo interno, que não foi revistado.
“Tinha acabado de deixar a clínica com meu marido, recebemos uma ligação e soubemos do fogo. Ele [Lindomar] sempre foi isolado, problemático e não se dava muito com os colegas. Vivia brigando com todos. Veio do Mato Grosso para tratar aqui, a juíza deu uma segunda chance a ele. Esse novato teria chegado com um isqueiro e passou o objeto para o Lindomar. São relatos dos outros sobreviventes”.
De acordo com a administradora, a falha na revista será apurada. “Domingo é um dia mais livre para todos, inclusive para quem trabalha lá. O novato chegou quando todos estavam jantando e não passou pela revista. No entanto, estou aguardando meu advogado para saber quais serão as decisões a serem tomadas sobre o funcionário responsável pela revista, bem como sobre a retomada das atividades da clínica”. Elizeth afirma que, em decorrência do fogo, precisou dispensar vários internos abalados com o caso.