Índios deixam prédio da Funai e protestam na rua
O juiz federal Fábio David determinou a saída de indígenas do prédio da Funai (Fundação Nacional do Índio), invadido na terça-feira passada. Eles foram obrigados a sair do local hoje pela manhã e iniciaram protesto na rua, em frente à sede.
O pedido de reintegração de posse foi feito ontem de manhã, pela coordenadora da Funai, Margarida Nicoletti. O grupo formado por 80 indígenas reivindica a exoneração de Margarida.
Eles também denunciam que equipamentos agrícolas, sementes e cestas básicas recebidas não teriam sido repassados às aldeias e que alimentos são perdidos com o passar do tempo.
O grupo é formado por índios guarani-caiuá e terena, e ontem foi registrado boletim de ocorrência com denúncia de saque de cestas básicas. Segundo a administração, três cadeados foram arrebentados no depósito e os alimentos retirados.
O índios negam o saque e garantem que nada foi tirado do local que armazena cerca de 16 mil cestas prontas para distribuição nas aldeias.
A Funai afirma que o movimento tem como líder o policial militar Waldison Cândido Francisco,filho do cacique da aldeia Água Branca, em Aquidauana e que não passa de uma ação política.
O policial já foi repreendido anteriormente em 2008, por participar em movimentos semelhantes.
Esta é a segunda invasão ocorrida em sedes da Funai em Mato Grosso do Sul. A primeira nesta ano foi em Bonito, também pela substituição do atual administrador.