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Interior

Acordo estabelece normas para regularizar parto humanizado em município

TAC possuí 14 cláusulas com obrigações e prazos que devem ser seguidos pela prefeitura e hospital de Bonito

Adriano Fernandes | 12/11/2021 23:57

Representantes das instituições de Bonito que assinaram o TAC. (Foto: Divulgação)
Representantes das instituições de Bonito que assinaram o TAC. (Foto: Divulgação)

A Defensoria Pública e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul firmaram, nesta sexta-feira (12), um TAC (Termo de Ajustamento de Condutada) com o município de Bonito e o Hospital Darcy João Bigaton para regularizar o parto humanizado no paraíso turístico, a 257 quilômetros de Campo Grande.

O documento possuí 14 cláusulas com obrigações e prazos que devem ser seguidos pelo município e hospital,para assegurar a saúde das gestantes. Entre elas, o hospital fica comprometido em estabelecer melhorias no prazo de 30 dias, sendo algumas delas “implantar, junto com a atenção básica, a visita da gestante e acompanhante durante o pré-natal; solicitar a caderneta da gestante na admissão e preenchê-la com os dados do parto; permitir a presença de acompanhante de livre escolha da mulher durante toda a internação”, dentre outras.

O hospital também se compromete em encaminhar dados técnicos de procedimentos, promover a capacitação do corpo técnico e adotar outras medidas previstas na Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal e Diretriz de Atenção à Gestante: a operação Cesariana.

Já a prefeitura de Bonito se responsabilizou em disponibilizar, no prazo de 30 dias, o teste rápido de gravidez e exames de urocultura, conforme protocolo estadual; fortalecer a presença do acompanhante nas consultas de pré-natal, recomendável que o acompanhante seja o parceiro com o pré-natal realizado na UBS e preparado para acompanhar o parto; promover, junto ao hospital, a visita da gestante e acompanhante ao hospital, realizando o agendamento da visita caso seja do interesse da gestante, e mais.

Conforme a defensora pública Thais Roque Sagin Lazzaroto, o termo é fruto de mais de 4 anos de trabalho incansável da instituição e parceiros, como por exemplo, as mulheres do coletivo “Mães de Bonito”, contra a violência de gênero, em especial a violência obstétrica.

 “Nestes anos foram realizadas mais de 50 rodas de conversas, visitas técnicas, Procedimento Preliminar de Apuração, aproximadamente 12 mulheres que sofreram violência obstétrica atendidas, além de diversas reuniões e tratativas para formalizarmos este TAC”, disse a defensora.


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