Advogado envolvido em briga de bar é afastado da presidência de comissão da OAB
OAB informou que empossou Azuma, sem sequer mencionar a polêmica envolvendo o nome do ex-presidente
O advogado Nilson Alexandre Gomes, de 52 anos, foi afastado da presidência da Comissão de Advogados Criminalistas da 4ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Dourados, depois de se envolver em uma briga de bar na noite de sábado (16). Quem assumiu o cargo foi o advogado Felipe Azuma, ex-presidente da 4ª Subseção.
Em nota a OAB informou que empossou Azuma nesta terça-feira (19), sem sequer mencionar a polêmica envolvendo o nome do ex-presidente da comissão. O novo presidente da Comissão da Advocacia Criminalista é advogado criminal e professor universitário. Azuma também foi presidente da OAB Dourados/Itaporã na gestão 2013-2015, além de outros cargos dentro da Ordem.
“Queremos aproximar mais a OAB dos advogados criminalistas, dando o devido amparo tanto prático para enfrentar as dificuldades enfrentadas no dia a dia da advocacia criminal, bem como o amparo técnico com palestras e cursos de atualização. Vamos dialogar com as demais instituições, buscando um melhor entendimento entre a advocacia e elas”, comentou.
Participaram da solenidade o presidente Ewerton Brito, a secretária-geral Gilvane Bezerra, a diretora-tesoureira Luciana Ramires, o secretário adjunto Virgilio Bertelli, a Coordenadora das Comissões Edna Bonelli e o vice-presidente da Comissão da Advocacia Criminalista Edson Bonfim.
O Presidente da OAB 4ª Subseção Ewerton Brito destacou a importância de Azuma presidir a Comissão. "O Dr. Felipe Azuma é um dos melhores criminalistas do país, pessoa com credibilidade perante as instituições e as autoridades de Dourados e do Estado, com a experiência de ter sido presidente da nossa casa, ou seja, sem dúvida o melhor nome para assumir esta importante comissão, me sinto honrado em empossar este grande advogado e amigo", elogiou.
A briga - Advogado foi denunciado na Delegacia de Polícia Civil por ter ameaçado de morte e agredido com coronhada de pistola o cliente de um bar em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A suposta vítima Rafael Leandro Galeano, 38, disse que conversava com o dono do bar sobre pessoas do passado quando Nilson Alexandre teria se intrometido na conversa.
Os dois começaram a discutir. “Espera que eu vou voltar e te matar”, teria dito o advogado ao deixar o local. Segundo a ocorrência policial, ele é conhecido por frequentar o local e os presentes não acreditavam que ele retornaria ao bar. Em seguida, Nilson Alexandre voltou ao local, deixou o carro na esquina, desceu já com a pistola na mão e foi em direção a Rafael. “Agora você vai morrer”, teria dito.
Outros clientes tentaram interferir pedindo para o advogado parar com aquela situação, momento em que ele teria desferido a coronhada na cabeça do desafeto e correu para o carro. Nilson ainda teria passado de carro por três vezes em frente à lanchonete antes de ir embora. Com lesão aparente na cabeça, Rafael Galeano procurou a polícia para que providências fossem tomadas em relação ao caso.
No dia seguinte, contudo, Nilson registrou boletim de ocorrência por furto, lesão corporal dolosa e dano contra Rafael. O advogado afirmou que foi à lanchonete localizada na Rua General Osório para comprar lanche. Quando chegou, segundo a versão do advogado, três homens que estavam no estabelecimento começaram a xingá-lo, possivelmente por ele ter encostado sua caminhonete perto de uma moto. Nilson disse que pediu o lanche e saiu para voltar 15 minutos depois, quando o pedido estivesse pronto. Quando voltou à lanchonete para pegar o lanche, ele teria sido agredido pelos três homens com socos e chutes na perna, nas costas e no peito.
Ele afirmou que durante as agressões os três homens danificaram seu relógio e tiraram do seu braço uma corrente de ouro de 25 gramas que teria sido furtada. O advogado alegou que os agressores também tentaram tomar a chave de seu veículo e só pararam de agredi-lo quando o filho dele, de 14 anos, começou a pedir socorro. O adolescente estava dentro da caminhonete, segundo Nilson Alexandre. Quando viram o garoto, ainda conforme a versão do advogado, os três homens fugiram. Antes, porém, teriam danificado o para-lamas da S10 ano 2021. Ele afirmou que Rafael Galeano foi um dos agressores, mas não identificou os outros dois.
