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Interior

Agência confirma 2 mortes e anuncia transferência de 50 líderes de rebelião

Detentos estão no pátio da penitenciária, vigiados por policiais da tropa de choque, enquanto agentes arrumam celas

Helio de Freitas, de Dourados | 05/08/2016 09:21
Nus, presos são vigiados pela tropa de choque no pátio de presídio (Foto: Direto das Ruas)
Nus, presos são vigiados pela tropa de choque no pátio de presídio (Foto: Direto das Ruas)
Presos foram levados para o pátio enquanto agentes limpam celas (Foto: Direto das Ruas)
Presos foram levados para o pátio enquanto agentes limpam celas (Foto: Direto das Ruas)

Dois presos foram mortos e pelo menos nove ficaram feridos na rebelião que durou 16 horas na penitenciária de segurança máxima de Naviraí, a 366 km de Campo Grande. O motim começou por volta de 14h de ontem e só terminou às 6h de hoje (5), depois que a tropa de choque da Polícia Militar invadiu o presídio e controlou a situação. Quatro feridos continuam internados na Santa Casa da cidade, vigiados pela PM.

A primeira morte tinha sido confirmada ontem, quando vários feridos foram levados para o hospital e um deles morreu enquanto era socorrido. A outra foi confirmada hoje quando a tropa de choque entrou no presídio e encontrou o detento decapitado. Os nomes ainda não foram divulgados.

O diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), Ailton Stropa, disse ao Campo Grande News que pelo menos 50 líderes da rebelião serão transferidos para presídios de outras cidades sul-mato-grossenses.

Ele afirmou que a rebelião ainda será investigada, mas agentes penitenciários que estavam de plantão quando o motim começou contaram que o motivo teria sido um confronto entre membros de facções criminosas.

“O presídio foi parcialmente destruído, mas não será difícil organizar minimamente as celas para recolocar os internos. Nosso pessoal está trabalhando nisso neste momento, limpando as celas, retirando o material destruído e fazendo um pente-fino”, afirmou.

Todos os 570 presos foram retirados dos pavilhões pela tropa de choque da PM e levados para a parte externa. Nus, eles são vigiados por policiais armados e cães treinados. A expectativa é de que todos os detentos voltem para as celas apenas depois do meio-dia.

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