Alvo da PF, vereador afastado por suspeita de grilagem retorna ao cargo
Parlamentar classificou a operação como “midiática” em seu retorno à Câmara
Alvo da operação Bárbaros, deflagrada pela Polícia Federal no início de março, o vereador de Ponta Porã, Rafael Modesto (PSDB), que inicialmente foi afastado de suas funções por 180 dias, teve habeas corpus garantido no TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região e retornou ao mandato na Câmara Municipal.
A operação que afastou o vereador é resultado de investigações contra crimes de invasão de terras da União, corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência, falsidade documental e estelionato. Além do parlamentar, a operação teve como alvo um ex-vereador e pelo menos três assessores parlamentares.
As investigações começaram logo após fiscalização da Superintendência do Patrimônio da União – vinculada ao Ministério da Economia – constatar ocupações irregulares em imóveis de propriedade da União no município de Ponta Porã.
Na decisão que garantiu o retorno imediato do vereador aos trabalhos legislativos, o Tribunal Regional Federal entendeu que a decisão que determinou o afastamento não foi devidamente fundamentada e sem relação entre as condutas apontadas pela Polícia Federal e a atividade parlamentar.
Em seu primeiro discurso no retorno à Câmara Municipal, o vereador classificou a operação da Polícia Federal como “midiática”, mesmo que ainda não tenha sido absolvido das acusações.
“A Polícia Federal fez a maior operação cinematográfica que já vi na minha vida. Eles desencadearam uma operação denominada “Bárbaros”, me ligando a pessoas que inclusive eu tenho o mínimo de contato, mas de alguma forma tinha que ocorrer alguma operação, né? Nessa operação, 40 homens foram na minha casa”, discursou o vereador.