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Interior

Analista do TJMS é denunciada por esquema de falsificação de documentos

Além dela, mais cinco pessoas integram a quadrilha que foi denunciada pelo MPF

Guilherme Henri | 19/09/2017 22:41

Seis pessoas incluindo uma analista jurídica da 4ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) por estarem envolvidos em esquema milionário de falsificação de documentos.

As fraudes aconteceram entre março de 2014 e junho de 2015 a partir de um cartório de Areado, distrito de São Gabriel do Oeste. O grupo emitia certidões de nascimento falsas, para que estrangeiros se passassem por brasileiros.

A quadrilha era chefiada pelo marido da analista judiciária. Além do casal, mais quatro pessoas, incluindo um funcionário do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais do Distrito de Areado, filho do tabelião titular integravam o bando.

Segundo o MPF, até 2011, a média de certidões do cartório era de 44 por semestre. A partir de 2012, ano em que possivelmente as fraudes começaram, a média aumentou para 273.

O que chamou a atenção ainda, é que a analista jurídica chegou a movimentar R$ 216,8 mil, entre os meses de fevereiro e setembro de 2014, valor que é incompatível com seu salário.

Todos os denunciados associaram-se aos crimes de falsidade ideológica e falsificação de documento público e associação criminosa.

Flagrante - Uma família de descendência palestina chegou a desembolsar R$ 57,7 mil para obter quatro certidões de nascimento e um certificado de reservista falsificados com o marido da analista judiciária.

Conforme as investigações, a intenção da família palestina era obter passaporte brasileiro para viajar para a Europa. Porém, em setembro de 2014, um dos integrantes da família foi detido em flagrante no setor de imigração da Delegacia da Polícia Federal em Ponta Porã, com documentos falsificados para emissão do passaporte.

“A certidão de nascimento apreendida possui suporte autêntico. Nela foi inserida a informação falsa de que o palestino teria nascido em Campo Grande quando, na verdade, ele nasceu em Pequim, na China, tendo nacionalidade palestina, conforme cédula de identidade de estrangeiro”.

A partir das certidões de nascimento falsificadas, os envolvidos se dirigiam a outros órgãos públicos, como Secretaria de Segurança Pública, Receita Federal e Justiça Eleitoral e obtinham os demais documentos, como RG, CPF e título de eleitor falsos.

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