Após 10 meses, policial civil suspeito de facilitar narcotráfico é liberado
Walmir Rodrigues Leandro é investigado por suspeita de facilitação mediante propina; suspensão da função também foi revogada
Dez meses depois de ser preso na Operação Narco 060, o policial civil Walmir Rodrigues Leandro foi beneficiado com alvará de soltura e teve o afastamento das funções revogado, segundo portaria publicada hoje no Diário Oficial do Estado. Walmir é suspeito de receber propina para facilitar o tráfico de drogas em Jardim.
A investigação contra o policial, lotado na 1ª delegacia da Polícia Civil de Jardim, surgiu a partir de gravações telefônicas interceptadas na Operação Oiketikus, que apurava a atuação da Máfia do Cigarro, em que policiais militares recebiam propina mensal para liberar a circulação do contrabando de cigarro vindo do Paraguai.
Walmir foi preso no dia 18 de setembro do ano passado, em operação que envolveu o cumprimento de 25 mandados de prisão. Em decisão do dia 8 de julho, da 1ª Vara Criminal de Jardim, foi expedido alvará de soltura.
A partir da soltura, foi pedida a revogação da portaria que o afastou das funções desde a prisão na operação, publicada hoje e assinada pelo Corregedor-Geral da Polícia Civil, Jairo Carlos Mendes.
Investigação - Conforme o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o traficante Acir Pereira Polidoro tinha proteção dos policiais militares Elvio Barbosa Romeiro e Valdson de Gomes de Pinho, ambos presos na operação Oiketicus, e do policial civil, que era lotado em Jardim.
“O policial civil Walmir Rodrigues Leandro agia, mediante pagamento de propina, para que a traficância exercida por Acir Pereira Polidoro se desenvolvesse sem nenhuma espécie de repressão”, segundo denúncia.