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Interior

Após 10 meses, policial civil suspeito de facilitar narcotráfico é liberado

Walmir Rodrigues Leandro é investigado por suspeita de facilitação mediante propina; suspensão da função também foi revogada

Silvia Frias | 12/07/2019 10:04
Operação que prende o policial foi realizada pelo Gaeco em Campo Grande, Jardim, Bela Vista e Goiânia (Foto/Divulgação: Gaeco)
Operação que prende o policial foi realizada pelo Gaeco em Campo Grande, Jardim, Bela Vista e Goiânia (Foto/Divulgação: Gaeco)

Dez meses depois de ser preso na Operação Narco 060, o policial civil Walmir Rodrigues Leandro foi beneficiado com alvará de soltura e teve o afastamento das funções revogado, segundo portaria publicada hoje no Diário Oficial do Estado. Walmir é suspeito de receber propina para facilitar o tráfico de drogas em Jardim.

A investigação contra o policial, lotado na 1ª delegacia da Polícia Civil de Jardim, surgiu a partir de gravações telefônicas interceptadas na Operação Oiketikus, que apurava a atuação da Máfia do Cigarro, em que policiais militares recebiam propina mensal para liberar a circulação do contrabando de cigarro vindo do Paraguai.

Walmir foi preso em setembro durante a operação Narco 060. (Foto: Direto das Ruas)
Walmir foi preso em setembro durante a operação Narco 060. (Foto: Direto das Ruas)

Walmir foi preso no dia 18 de setembro do ano passado, em operação que envolveu o cumprimento de 25 mandados de prisão. Em decisão do dia 8 de julho, da 1ª Vara Criminal de Jardim, foi expedido alvará de soltura.

A partir da soltura, foi pedida a revogação da portaria que o afastou das funções desde a prisão na operação, publicada hoje e assinada pelo Corregedor-Geral da Polícia Civil, Jairo Carlos Mendes.

Investigação - Conforme o MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), o traficante Acir Pereira Polidoro tinha proteção dos policiais militares Elvio Barbosa Romeiro e Valdson de Gomes de Pinho, ambos presos na operação Oiketicus, e do policial civil, que era lotado em Jardim.

“O policial civil Walmir Rodrigues Leandro agia, mediante pagamento de propina, para que a traficância exercida por Acir Pereira Polidoro se desenvolvesse sem nenhuma espécie de repressão”, segundo denúncia.

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