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Após quase 4 anos, presas por asfixiar e atear fogo em idosa serão julgadas

Lídia foi morta aos 61 anos. Seu corpo foi encontrado no dia 27 de fevereiro de 2017 às margens da MS-162

Geisy Garnes | 19/10/2020 14:02
Corpo de idosa foi encontrado em fevereiro de 2017, mas acusadas só foram presas em junho do ano passado. (Foto: Maracaju Speed)
Corpo de idosa foi encontrado em fevereiro de 2017, mas acusadas só foram presas em junho do ano passado. (Foto: Maracaju Speed)

Após quase 4 anos, Karina Beatriz Ferreira e Sherry Silva Maciel vão a júri popular pelo assassinato da idosa Lídia Ferreira de Lima, encontrada carbonizada e com o corpo enrolado em plástico filme, em fevereiro de 2017 às margens da MS-162. O julgamento acontece nesta quinta-feira (22) na cidade de Sidrolândia – a 71 quilômetros de Campo Grande.

Lídia foi morta aos 61 anos. Seu corpo foi encontrado no dia 27 de fevereiro de 2017 enrolado em um plástico, carbonizado e jogado às margens da MS-162, em Maracaju – a 160 quilômetros da Capital. A identificação do cadáver, no entanto, ocorreu apenas em junho de 2019.

A polícia chegou à dupla porque elas estavam utilizando cartão da idosa para receber seu benefício de aposentadoria, o que ocorreu entre maio de 2017 e agosto de 2018. Karina e Sherry, segundo as investigações, planejaram o assassinato, mas antes disso, usufruíam da confiança da idosa, que morava sozinha e estaria fragilizada com a morte da mãe.

Segundo o site Região News, Karina conheceu Lídia em um centro de candomblé, pouco depois da morte da mãe dela e a convenceu de que era capar de incorporar o espírito de pessoas que morreram.

Para conseguir manter contato com a mãe, Lídia se mudou para casa de Karina, em Sidrolândia, e viveu por dois anos praticamente em cárcere privado, trancada em um quarto. Já nessa época, a suspeita começou a usar o cartão de aposentadoria da vítima e a receber o benefício no lugar dela. Em 2017, a família da idosa entrou na justiça para pedir a interdição da idosa.

Como corria risco de perder a aposentadoria da vítima, Karina planejou o assassinato. Com ajuda de Sherry topou a idosa, enrolou seu corpo em plástico filme e assim a matou asfixiada. Depois a levaram até a rodovia e atearam fogo no corpo.

O julgamento por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e estelionato, foi marcado pelo juiz Cláudio Muller Pareja.

As duas mulheres estão presas preventivamente desde abril de 2019. Karina, de 49 anos, é ex-merendeira da Escola Estadual Catarina de Abreu e foi candidata a vereadora por Sidrolândia em 2016. Já Sherry, de 39, foi presidente do diretório municipal do PC do B.

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