Atiradores que executaram homem com 6 tiros se passaram por policiais
A polícia paraguaia suspeita que o crime foi encomendado
Os pistoleiros que executaram Facundo Moraiz Sanábria, de 32 anos, se passaram por policiais durante o ataque à vítima, ocorrido nesta quarta-feira (29), em Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia vizinha de Ponta Porã, a cerca de 323 quilômetros de Campo Grande. Com base nos primeiros levantamentos e principalmente no relato de testemunhas, a polícia paraguaia suspeita que o crime foi encomendado.
Facundo já havia sido preso por agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) em 2011 com 19 quilos de cocaína. De acordo com o comissário principal Teófilo Benítez, pelo menos 3 pistoleiros chegaram à casa da vítima trajando bonés e coletes, alegando que a abordagem era uma batida policial. Facundo foi alvejado com seis tiros de pistola calibre 9 milímetros. Três tiros atingiram a cabeça do rapaz, dois acertaram o peito e um disparo acertou a mão de Facundo, conforme apurado.
Testemunhas também relataram à polícia que os pistoleiros chegaram de forma organizada na casa da vítima, que estava com portões abertos, conforme o Ponta Porã News. Um dos criminosos entrou pelos fundos da residência, por onde rendeu pedreiros que assentavam piso e que foram obrigados a permanecerem deitados. Um segundo suspeito agrediu a tia da vítima que foi derrubada no chão.
Na sequência, um outro atirador chamou por Facundo, que estava em seu quarto. Ao sair perguntando o que estava acontecendo o homem foi atingido pelo criminoso, que havia entrado pelos fundos. Facundo chegou a ser levado para um hospital na cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
Os criminosos fugiram na sequência, deixando para trás um boné preto, semelhante aos usados pelos agentes da Polícia Nacional do Paraguai. Nenhum dos criminosos foi localizado pela polícia até o momento. O trio fugiu levando o veículo modelo Fox da vítima e o incendiaram a cerca de de mil quilômetros da residência onde ocorreu o ataque. Durante as checagens policiais, foi constatado que o carro possuía registro de roubo no Brasil.