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Interior

BNDES pede falência da usina de Bumlai por dívida de R$ 300 milhões

Priscilla Peres e Helio de Freitas | 22/10/2015 17:08
Bumlai é acusado de se beneficiar da amizade com Lula em contratos com empresas. (Foto: Revista Veja)
Bumlai é acusado de se beneficiar da amizade com Lula em contratos com empresas. (Foto: Revista Veja)

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) pediu a falência da usina São Fernando em Dourados - distante 233 km de Campo Grande, pelo não pagamento de dívida que soma R$ 300 milhões. A usina de álcool pertence ao empresário José Carlos Bumlai e está em recuperação judicial desde 2013.

Reportagem de hoje do Valor Econômico, mostra que a atual dívida da São Fernando soma R$ 1,2 bilhão e que depois do BNDES, o Banco do Brasil é o segundo maior credor com dívida de R$ 82 milhões. Cabe a Justiça de Mato Grosso do Sul, mais especificamente o juiz Jonas Hass Silva Júnior da 5ª Vara Cível de Dourados, decidir sobre a falência.

A matéria afirma e o Campo Grande News confirmou, que a família Bumlai está tentando evitar a falência, com o argumento de que a usina ainda está operando e gerando cerca de 2 mil empregos em Dourados.

O sindicato Dos Trabalhadores Nas Industrias do Açúcar e Álcool de Dourados informou que o salário do pessoal está rigorosamente em dia, pago até o quinto dia útil. Sobre as 600 demissões que seriam feitas em outubro, o sindicato informou que até agora não ocorreram em massa como era o temor, apenas demissões isoladas - seis neste mês.

Especulação - Desde o início da semana, jornais nacionais têm informado que o empresário José Carlos Bumlai está a beira da falência. Ele é mencionado por delatores na operação Lava Jato como possível intermediário em licitação que desviou recursos da Petrobras.

Não só a usina de álcool passa por dificuldades, segundo o Valor a crise teria alcançado a criação de gado da família. Antes dona de 150 mil cabeças, hoje os Bumlai estariam com medo da metade disso. Além da investigação na Lava Jato, Bumlai é acusado de se beneficiar da amizade com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para interceder em negociações com empresas.

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