Câmara rejeita abrir processo contra vereador acusado de homofobia
Sergio Nogueira disse na sessão que governador do RS estava preocupado com “primeiro-damo”
Por nove votos a oito, a Câmara de Dourados rejeitou durante a sessão desta segunda-feira (27) a abertura de processo administrativo contra o vereador Sergio Nogueira (PP), denunciado por homofobia contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB).
Na sessão do dia 13 deste mês, Sergio Nogueira disse que não mandaria nenhum valor por pix para o governo gaúcho em ajuda aos desabrigados pela chuva porque Eduardo Leite estaria mais preocupado com o “primeiro-damo”, se referindo ao marido do governador, o médico Thalis Bolzan.
“Foi falado aqui por alguns vereadores de mandar dinheiro ao Rio Grande do Sul. Cadê esse governador do Rio Grande do Sul? O senhor não receberá um pix meu, posso mandar pra Apae, para a Pestalozzi, para os gaúchos sérios, mas para o senhor não. O senhor está preocupado com o seu ‘primeiro-damo’ ai no seu governo”, afirmou.
Na semana passada, o vereador Diogo Castilho (PSDB) entrou com representação no Conselho de Ética da Câmara contra o colega de Legislativo por quebra de decoro. O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) também apresentou denúncia contra Sergio Nogueira.
As duas denúncias foram votadas em bloco durante a sessão de hoje e no plenário houve empate em 8 a 8. Então, o presidente, Laudir Munaretto (MDB), usou o chamado “voto de minerva” e votou pelo arquivamento das representações.
Votaram a favor da abertura do processo os vereadores Diogo Castilho, Elias Ishy (PT), Rogério Yuri (PSDB), Márcio Pudim (PSDB), Juscelino Cabral, Tania Cristina (PSDB), Fábio Luis (Republicanos) e Liandra Brambilla (PSDB).
Contra o recebimento da denúncia votaram Marcão da Sepriva (PP), Daniel Junior (PP), Daniela Hall (PP), Marcelo Mourão (PL), Cemar Arnal (PP), Creusimar Barbosa (União Brasil), Olavo Sul (MDB) e Janio Miguel (PP).
Sergio Nogueira se defendeu das acusações e negou ter praticado homofobia. “Não sou homofóbico. Não ataquei a pessoa dele. Eu quis dizer sim sobre o pedido de pix para o governo do Estado do RS e a administração pífia dele acerca da situação em que se encontra atualmente o Estado”.
Segundo ele, após a fala descobriu que o termo “primeiro-damo” não existe e que o correto é primeiro-cavelheiro. “Hoje pesquisando percebi que inexiste. Mas não foi usada intencionalmente com objetivo de ataque ou por ser homofóbico. Respeito as opções e orientações sexuais de cada cidadão, inclusive do governador do Rio Grande do Sul”, afirmou.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para acessar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.