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Interior

Casal que matou gari por atraso de aluguel é condenado a 26 anos de prisão

Crime aconteceu em 2019 e cada um dos envolvidos foi sentenciado a 13 anos em regime fechado

Ana Paula Chuva | 18/04/2022 16:04
Corpo de Renato coberto no dia em que foi morto. (Foto: Rádio Caçula | Arquivo)
Corpo de Renato coberto no dia em que foi morto. (Foto: Rádio Caçula | Arquivo)

Otávio Henrique Cezareto Rodrigues e Natyele Stefany de Oliveira Machado Sabino foram condenados juntos a pouco mais de 26 anos de prisão pela morte de Renato Alberto de Lima Bezerra. O crime aconteceu no dia 1º de abril de 2019 em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande.

Renato era gari e foi morto a tiros enquanto trabalhava. Na época, o casal se apresentou à polícia junto com um terceiro envolvido, que seria irmão de Otávio. Os três confessaram o crime e disseram que o motivo seria uma briga por imóvel onde a vítima morava com a família.

O julgamento aconteceu na última quarta-feira (13). Conforme os autos, Otávio e o irmão mataram Renato a pedido de Natyele.  O casal foi condenado a 13 anos, cinco meses e cinco dias de prisão em regime fechado, cada um, por homicídio duplamente qualificado, ameaça e corrupção de menores, já que o terceiro envolvido no crime tinha 16 anos na época.

Caso - No dia do crime, Otávio e o irmão foram até a Rua Otávio Sigefredo Roriz, onde Renato trabalhava recolhendo lixo e o mataram com dois tiros na barriga e um na cabeça, disparado depois que ele já estava caído.

Testemunhas relataram que os suspeitos estavam de moto e ainda conversaram com a vítima antes do crime. A prisão do casal já estava decretada e, por isso, os dois foram levados para o presídio após prestarem depoimento. O adolescente também ficou apreendido e foi para a Unei da cidade.

Durante as investigações, a polícia prendeu também o pai dos suspeitos, de 56 anos, por resistência e porte ilegal de arma de fogo, já que estava com munições calibre 38. Conforme apurado pelo Campo Grande News, antes de ir para o presídio, Otávio foi levado ao Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) para passar por exame de corpo de delito e lá, ameaçou a mulher de Renato, que também estava no local.

Conforme o boletim de ocorrência, assim que viu o suspeito no pátio do instituto, a esposa da vítima afirmou que justiça seria feita. Neste momento, o preso fez sinal de arma com as mãos e simulou matá-la. O investigador que fazia a escolta impediu que o suspeito continuasse e ele acabou autuado em flagrante pelo crime de ameaça.

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