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Interior

Cidades do sul de MS ainda sofrem com chuvas, que impedem obras de reparo

Liana Feitosa | 28/12/2015 12:51
Chuvas causam estragos e transtornos desde o final de novembro no Estado. (Foto: Direto das Ruas)
Chuvas causam estragos e transtornos desde o final de novembro no Estado. (Foto: Direto das Ruas)

A chuva não dá trégua e cidades do sul do Estado ainda sofrem com os efeitos do grande volume de água registrado desde o final de novembro na região. Na maior parte dos municípios afetados, as águas caem com menos intensidade, mas os problemas de infraestrutura ainda não podem ser resolvidos.

Ao todo, 22 cidades do sul de Mato Grosso do Sul sofreram ou ainda sofrem prejuízos causados pelas chuvas. A estimativa é de que o conserto dos estragos custe R$ 115 milhões.

Segundo o prefeito Mário Valério, de Caarapó, tem chovido diariamente, inclusive, ontem (27) choveu durante a noite toda. "Não conseguimos fazer quase nada porque chove sempre, estamos impossibilitados. Na zona rural temos tratores atolados na lavoura e nem conseguimos tirar, a coisa não está fácil", desabafa.

Precariedade - Na área urbana, poucas ruas estão transitáveis e o rompimento da barragem que formava o balneário municipal abriu uma cratera.

Na estrada que liga Caarapó ao distrito de Cristalina, a prefeitura conseguiu colocar alguns caminhões de pedra na via, mesmo debaixo de chuva. A situação da estrada melhorou um pouco, mas logo ficou insustentável novamente, já que caminhões pesados passaram a usar a via.

"Precisa parar de chover e solo secar, mas a previsão é de chuva até março. Quando secar, vamos montar uma força tarefa", explica.

Para prefeitos, obras são difíceis não só pelas insistentes chuvas, mas também pela falta de dinheiro. (Foto: Direto das Ruas)
Para prefeitos, obras são difíceis não só pelas insistentes chuvas, mas também pela falta de dinheiro. (Foto: Direto das Ruas)

Retrabalho - Em Deodápolis, o Governo do Estado autorizou operação tapa-buraco na área urbana da cidade. "Mas hoje cedo meu assessor me ligou perguntando se podia usar material do município para tapar tudo de novo. A chuva da semana passada já levou embora tudo que tinha sido feito", conta a prefeita maria das Dores Viana.

Segundo o prefeito Douglas Gomes, de Bela Vista, é difícil dar sequência à qualquer obra de reparo, não só pelas insistentes chuvas, mas também pela falta de dinheiro.

"O caixa está esgotado, estamos tentando tocar as obras, mas aguardamos resposta de pedido de ajuda porque, para a reconstrução de pontes, por exemplo, só com recursos do governo", detalha Gomes.

Amambai - Para o prefeito Sérgio Diozébio Barbosa, de Amambai, é preciso paciência para lidar com a situação. "Tudo isso é complicado para o morador, mas também é para o governo, para o poder público, para a economia. O governo quer ajudar, mas é tanta necessidade e tanta burocracia que a ajuda demora", compartilha.

Na cidade, as chuvas têm sido mais rápidas e menos intensas, como são as pancadas d'água características de verão. "Mas atrapalham na manutenção e nos reparos", completa.

"Nosso problema continua difícil, estamos tentando desobstruir as vias, resolver os problemas, mas a demanda é muito grande, principalmente na área rural, são muitas pontes caídas ou muito sanificadas", afirma o prefeito.

Em um assentamento da região, moradores estão impedidos de sair de casa devido à lama e caminhões da prefeitura estão encalhados no atoleiro.

Para os gestores municipais, não existem expectativas ou previsões de quando os problemas serão resolvidos.

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