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Interior

Clima é tenso em fazenda invadida por índios e PM continua no local

Moradores reclamam por não conseguirem, mesmo com a presença da polícia, retirar pertences da sede invadida ontem

Helio de Freitas, de Dourados | 27/08/2018 11:38
Incêndio em pastagem nos arredores da sede da fazenda, provocado durante invasão (Foto: Reprodução)
Incêndio em pastagem nos arredores da sede da fazenda, provocado durante invasão (Foto: Reprodução)

Equipes da Polícia Militar continuam na fazenda Santa Maria, localizada a 25 km da área central de Caarapó, invadida ontem (26) por pelo menos cem índios etnia Guarani-Kaiowá. Moradores de propriedades vizinhas afirmam que o clima é de tensão na área, já que os índios se negam a deixar a sede da propriedade.

Ao Campo Grande News, o setor de comunicação da Polícia Militar informou que não há reféns, mas os policiais permanecem no local. No pelotão da PM em Caarapó, a atendente disse que as equipes ainda não retornaram da área e por isso não há informações novas sobre a situação.

Funcionários da fazenda que tiveram de deixar o local após a invasão ontem, reclamam por não terem conseguido retirar pertences pessoais e criações.

“Levamos uma F4000 para retirar as coisas, mas a polícia não deixou entrar. Falaram que iam retirar só os reféns. Falaram para os meninos que estavam lá para não pegar bens materiais nenhum. Todo mundo saiu e ficou tudo lá”, afirmou uma moradora.

“Foi desesperador, porque os índios chegaram ateando fogo. Fomos expulsos, sem nem conseguir pegar nossos pertences e agora não sabemos o que fazer”, afirmou a moradora.

A fazenda invadida ontem faz parte da área de 55 mil hectares, denominada Território Dourados Amambay-Peguá, identificada em 2016. Em julho do ano passado, os índios tentaram invadir a propriedade, mas recuaram após a chegada de homens da Força Nacional e policiais militares.

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