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Com aplausos, colegas se despedem de médico assassinado em Dourados

Funcionários da UPA soltaram balões e na frente do Imol bateram palmas quando carro saiu com corpo

Helio de Freitas, de Dourados | 04/08/2023 15:10


Colegas de trabalho do médico Gabriel Paschoal Rossi, 29, assassinado em Dourados (a 251 km de Campo Grande), fizeram homenagens ao rapaz nesta sexta-feira (4). Funcionários da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) soltaram balões brancos, plantaram uma árvore e como última despedida aplaudiram o momento em que o caixão saiu do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (veja o vídeo acima).

O caixão com o corpo do médico está sendo levado para Santa Cruz do Sul, cidade a 1.125 km de Dourados e a 154 de Porto Alegre (RS). A chegada ao destino está prevista para o início da manhã deste sábado e o velório deve durar apenas duas horas, segundo decisão da família.

Formado pela UFGD em março deste ano, Gabriel Rossi trabalhava em três hospitais e na UPA de Dourados, de onde saiu do plantão na sexta-feira (28) e não foi mais visto. Amigos e colegas de trabalho conseguiram falar com ele através do aplicativo WhatsApp até sábado (29). A polícia investiga se outra pessoa estava usando o celular, se passado por Gabriel.

O médico foi assassinado em uma casa de temporada na Rua Clemente Rojas, na Vila Hilda, na região sul de Dourados. O corpo foi encontrado ontem de manhã sobre a cama. Ele usava jaleco de trabalho e estava com as mãos e pés amarrados. O carro dele, um HB20, estava estacionado na calçada. Vizinhos afirmaram que o veículo estava ali há vários dias.

Hoje de manhã, o delegado Erasmo Cubas, chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª Delegacia de Polícia, informou que a causa da morte foi asfixia, provavelmente causada por estrangulamento.

A constatação ocorreu durante autopsia feita no Imol. Ainda segundo o delegado, também havia lesão no pescoço. Não foram encontradas outras lesões no corpo e a polícia ainda analisa as manchas de sangue encontradas no quarto onde ocorreu o assassinato.

As investigações seguem em andamento. A polícia investiga também se os assassinos se passaram pelo médico em conversas através do WhatsApp. Chegaram até a tentar conseguir dinheiro de familiares dele no Rio Grande do Sul.

Ao jornal Gazeta, de Santa Cruz do Sul, o primo de Gabriel disse que certamente as últimas mensagens trocadas pelo WhatsApp do médico não foram efetivamente com ele.

“Alguém estava usando o celular dele e pedindo dinheiro. Domingo pediu R$ 12 mil, porque supostamente precisava pagar um notebook. Desconfiamos e perguntamos se era ele mesmo, e ele disse que sim. Pedimos uma foto e não respondeu mais”, disse Jonas Machado, 42. Ainda segundo o jornal gaúcho, Gabriel não tem mais pais e foi criado pelos tios, sogros de Jonas.

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