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Interior

Com prefeitura fechada, servidores de Corumbá ficam sem pagamento nesta 5ª

Aline dos Santos | 31/05/2012 11:15

Conforme a assessoria de imprensa, os servidores não têm acesso ao Paço Municipal e os salários não foram liberados

Operação contra desvio de dinheiro levou PF à prefeitura de Corumbá. (Foto: Anderson Gallo)
Operação contra desvio de dinheiro levou PF à prefeitura de Corumbá. (Foto: Anderson Gallo)

Previsto para ser liberado na tarde de hoje, o salário dos servidores públicos de Corumbá só será pago amanhã. Hoje, a PF (Polícia Federal) apreendeu documentos na prefeitura da cidade, durante a operação Decoada.

A ação investiga desvio de dinheiro público. Conforme a assessoria de imprensa, como os servidores não têm acesso ao Paço Municipal, os salários não foram liberados.

A PF também foi à prefeitura de Ladário. De acordo com a assessoria de imprensa, foram apreendidos documentos e os servidores vão receber o pagamento normalmente. A ação já cumpriu quatro mandados de prisão temporária válido por cinco dias. Em Campo Grande, foi preso Carlos Porto.

Ele, que representava a prefeitura de Corumbá na Capital, já foi presidente da Fundação de Cultura do governo Zeca do PT e secretário na administração de Ruiter Cunha (PT), prefeito de Corumbá.

As outras três prisões foram realizadas em Corumbá. Conforme informações extraoficiais, foi preso um secretário e outros dois servidores da prefeitura.

No entanto, em entrevista ao Diário Online, o procurador do município, Marcelo Dantas, afirmou que nenhum secretário foi preso.

O prefeito de Corumbá, Ruiter Cunha (PT), ia participar de evento na manhã de hoje Assembleia Legislativa, em Campo Grande, mas retornou à cidade.

Ao todo, serão cumpridos 36 mandados de busca e apreensão e 28 de condução coercitiva.

Decisão da 1ª Vara Federal de Corumbá determinou o afastamento cautelar das funções de oito servidores municipais. Os nomes dos envolvidos não foram informados pela Polícia Federal.

As investigações, que duraram mais de um ano, foram realizadas em conjunto pela Polícia Federal, MPF (Ministério Público Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e MPE (Ministério Público Estadual).

A força-tarefa apontou a ocorrência de fraudes e direcionamentos em licitações, corrupção, desvio de recursos públicos e pagamentos de propina, com o envolvimento de servidores públicos municipais e empresários.

As irregularidades detectadas envolvem milhões de reais em recursos públicos federais destinados à saúde, educação e infraestrutura de Corumbá.

A operação foi batizada de Decoada em analogia ao fenômeno natural vegetação local entra em decomposição na seca, reduzindo o oxigênio da água. Como a corrupção, que asfixia a população.

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